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HC-UFTM celebra Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

HC-UFTM celebra Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

12/02/2025 04h00
Por: Redação
A data promove a valorização das mulheres que buscam melhorar a saúde através da ciência; cerca de 75% das pesquisas no HC-UFTM são coordenadas por mulheres
A data promove a valorização das mulheres que buscam melhorar a saúde através da ciência; cerca de 75% das pesquisas no HC-UFTM são coordenadas por mulheres

Para promoção da igualdade de gênero e destaque da contribuição feminina no avanço científico e tecnológico, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2015, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) valoriza a atuação das milhares de mulheres que fazem a diferença dentro dos seus 45 hospitais universitários.
As pesquisas registradas na Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Ebserh, têm maioria feminina. Desde 2017, em média 74% das pesquisas são coordenadas por mulheres. Segundo a Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM, Marlene Cabrine dos Santos Silva, os dados mostram o espaço importante que a mulher ocupa na ciência atualmente. Percebe-se um grande interesse das mulheres na área das Ciências da Saúde, como medicina, enfermagem, farmácia, biomedicina, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, odontologia e terapia ocupacional.
“Outro curso com maioria feminina é o de psicologia. Isso não significa que o número de mulheres não tem aumentado nos cursos de engenharia, por exemplo, engenharias química e ambiental. Nos cursos de licenciatura, as mulheres também parecem ser predominantes. Penso que as mulheres têm uma capacidade de adaptação a diversos cenários e, em qualquer área em que queiram ser inseridas, conseguem”, salientou a gerente.  
Rosekeila Simões Nomelini, médica, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, e em Oncologia Ginecológica e Mastologia, coordenadora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e chefe da Unidade de Saúde da Mulher no HC-UFTM, docente, orienta mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFTM, e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.
Como pesquisadora, é bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), líder do Grupo de Pesquisa “Ciências Aplicadas à Mulher” e Coordenadora do Laboratório de Pesquisa LaCam (Laboratório de Ciências Aplicadas à Mulher). Rosekeila conta que sua linha de Pesquisa é sobre neoplasias ginecológicas e de mama, estudando temas como imunologia, rastreamento, diagnóstico, prognóstico e sobrevida.
“No momento, tenho projetos interessantes de pesquisa abordando neoplasias de colo uterino e de ovário. Em relação ao câncer de colo uterino, como Projeto de Inovação Tecnológica, estamos, em conjunto com a Engenharia, desenvolvendo um colposcópio (aparelho utilizado para visualizar o colo, guiando as biópsias) de baixo custo e com a capacidade de ser acoplado a um smartphone para ser utilizado no Sistema Único de Saúde, já tendo a patente depositada”, revela a pesquisadora. 
Os projetos possuem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Rosekeila conta que, dessa forma, tem conseguido integrar a assistência ao ensino, já tendo formado vários médicos, residentes médicos nas áreas de Ginecologia e Obstetrícia e na área de Mastologia, mestres e doutores, além dos diversos alunos de iniciação científica.
Para a pesquisadora, o resultado faz tudo valer a pena: “Integrar a assistência ao ensino e à pesquisa é fundamental, trazendo como consequência benefícios às pacientes que estão sendo tratadas e acompanhadas por nós, bem como a formação de recursos humanos e a geração de novos conhecimentos, difundidos internacionalmente a partir das nossas publicações”.
“O crescimento das mulheres na ciência foi paralelo ao empoderamento da mulher na sociedade, principalmente em algumas culturas. No Brasil acredito que as mulheres ainda sofrem muito com a violência e com o machismo em outros temas, mas na área científica não percebo uma discrepância de tratamento em relação aos homens. À medida em que aumentamos o grau de conhecimento, os preconceitos perdem espaço. Penso que o sucesso na ciência depende da dedicação, pelo menos, em culturas mais democráticas”, finaliza a gerente Marlene.
Vale lembrar que a Rede Ebserh é vinculada ao Ministério da Educação (MEC), foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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