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A Feira Negra vai dar o grito do Esquenta de Carnaval no Beija Flor

O Grupo de Samba Produto Raro vem com tudo nesse Carnaval

21/02/2025 05h00
Por: Cassiano Teodoro e Renata Aparecida Fonte: Arial

AfroEmpreendedorismo

Confira desafios e oportunidades do Afro Empreendedor

O empreendedorismo afro é um campo que carrega várias oportunidades. Entenda o contexto e veja quais são os principais desafios vividos pelos empreendedores

O empreendedorismo afrodescendente surgiu no Brasil como uma forma de contornar a ausência de oportunidades e de igualdade entre raças. Em um cenário de pós-abolição, homens e mulheres recém-libertos precisaram se reinventar para conseguir sustento e emprego.

Ainda hoje, mais de 130 anos após, vemos algumas consequências disso. Segundo pesquisas internas, 44,5% dos afrodescendentes criam um negócio por causa da falta de emprego. Lado a lado, apenas 28% dos homens brancos precisam fazer o mesmo. Logo, quando falamos da área, falamos, novamente, da desigualdade racial e social.

Fato é que, mesmo com todos os desafios, esse é um mercado em ascensão no Brasil. Pensando nisso, preparamos um artigo especial para explorar um pouco mais desse cenário. Confira!

O que é o empreendedorismo afrodescendente?

O empreendedorismo afrodescendente (ou de sobrevivência) surge em um cenário de pós-escravidão. Mais especificamente, da luta de homens e de mulheres pretas em busca de conseguir sustento.

Com o passar dos anos, na ausência de emprego em outras áreas, foi necessário que o mesmo povo se tornasse dono de pequenas e microempresas. Vale ressaltar que todo esse processo aconteceu com muita luta, desigualdade e injustiça. Não foi da forma romantizada que vemos muitas vezes.

Pelo contrário, pretos e pardos vivenciaram e ainda vivenciam muitas dificuldades no Brasil. Paralelamente, décadas e séculos passaram; o milênio mudou. No entanto, o empreendedorismo afrodescendente continuou sendo uma forma de sobrevivência. Foi só recentemente que houve uma ressignificação positiva da área. Isto é, a transformação do que era considerado como antiquado em um estilo de vida. Um exemplo disso são as tranças, um símbolo de resistência na cultura africana.

No passado, elas foram associadas à sujeira e ao desmazelo. Hoje, ganharam mais alcance da representatividade através de pessoas como a atriz Thais Araújo ou as cantoras Isa e Ludimila, disseminando-as como uma forte tendência de moda.

Sendo assim, é preciso ter clareza de que o empreendedorismo afrodescendente surge associado a dois propósitos. O primeiro é de oportunidade, ou seja, de oferecer oportunidades para um povo até então marginalizado. Já o segundo é de empoderamento, de empoderar e colocar em evidência uma cultura que, muitas vezes, foi, também, ignorada.

Como ele está no Brasil?

Segundo dados coletados pelo IBGE, cerca de 54% dos brasileiros em 2017 eram pretos ou pardos. Em contraponto, eles movimentavam apenas 24% da economia, ou seja, R$ 1,6 trilhão do PIB brasileiro. Até 2020, a expectativa era de que esse número subisse mais de sete pontos graças ao empreendedorismo afrodescendente.

Um ponto de atenção é que os negros são a maioria da população desde 2010. Entretanto, como revelado pelos dados acima, ainda vivemos em um país com marcas da desigualdade entre raças — mais que isso, guiado, muitas vezes, pelo racismo estrutural, pela violência contra corpos negros e outros problemas que não deveriam ocorrer. 

Em simultâneo, infelizmente, devido à pandemia, o percentual de pretos e pardos donos de empresas diminuiu de 18% para 15%. Além disso, 76% dos negros revelaram que reduziram parte do faturamento devido a tudo que vivemos. Isso sem falar que, dessa porcentagem, apenas 12% conseguiu crédito em bancos para ajudar com as dívidas (contra 18% dos brancos) durante a crise.

O possível motivo para isso? O mesmo citado anteriormente. O racismo estrutural, que existe e é um fator agravante no desenvolvimento social, econômico e político de um povo. Nesse contexto, o protagonismo perde espaço, dificultando ainda mais a ascensão de um grupo. Para mais, é importante mencionar que o perfil de empreendedores da área divide-se em três:

·         necessidade (34%);

·         vocação (35%);

·         engajamento (22%).

Ou seja, para pretos e pardos, ser empreendedor muitas vezes deixa de ser uma escolha. Portanto, os próprios motivos para empreender, vistos como uma oportunidade, podem, também, tornar-se os maiores desafios para a área.

Quais são as oportunidades do empreendedorismo afrodescendente?

O empreendedorismo afrodescendente está mudando. Parte disso graças as lutas e programas sociais, ao aumento de renda da população periférica e ao impacto da chegada ao mercado de trabalho dos primeiros beneficiários pelas cotas em universidades. Como consequência, a cultura africana está se tornando motivo de orgulho e de reconhecimento da ancestralidade. Isto é, o orgulho do próprio povo negro, que se empodera a partir da sua cultura e enaltece o seu valor para a história.

Um exemplo disso é a nutricionista Kyzzy Barcelos Barbosa Rodrigues, que transformou o seu estudo de nutrição em um quilombo em um negócio lucrativo. No Kynutryzzy, espaço de venda de refeições e lanches saudáveis, mais de 50 porções são vendidas por semana. Parte do seu sucesso é graças ao que aprendeu durante a sua pesquisa. Outro exemplo é o caso de André Luís Ramos, tatuador com formação nacional e internacional, que viu na arte uma forma de ganhar dinheiro. Aos 15 anos (hoje com 30), somente com experiência em grafite, ele fez a sua primeira tatuagem. De lá para cá, muita coisa mudou.

Do garoto do grafite a um dos maiores tatuadores de Votuporanga, interior de São Paulo, com um traço fino e realístico, André Ramos, como é conhecido, é uma das referências na área. Outro case que chama atenção é a marca DaMinhaCor com toucas de natação e maquiagens criadas para pretos e pardos.

Como dito, a cultura africana vem sendo ressignificada. Alimentação inspirada em quilombos, cabelo afro em destaque, toucas de natação — os exemplos são variados. O mercado da área carrega consigo uma gama de áreas de atuação e de mercados de trabalho que precisam e devem ser explorados.

Quais são os seus principais desafios?

Quando falamos do empreendedorismo afrodescendente, falamos do racismo econômico. Cerca de 68% dos pretos e pardos são MEIs, contra 49% dos brancos. Lembrando que a maior parte deles empreende por necessidade, não por escolha. Da mesma forma, eles estão em áreas que lidam diretamente com o consumidor final, não em posições de liderança e/ou em setores mais intelectuais.

Salões de beleza, loja de roupa, maquiadoras etc., os exemplos são variados. Além da falta de oportunidade, existem também aqueles que sofrem racismo nos seus empregos, com a recusa de atendimento, a violência verbal ou com os salários menores. Vale mencionar que, em 2019, os negros ganhavam salários, em média, 27% menores que os brancos.

As diferenças são ainda mais discrepantes quando comparamos homens brancos com mulheres negras. Segundo esse mesmo estudo, enquanto 44,42% dos homens brancos compõem a parcela da população que recebe mais de 20 salários mínimos, as mulheres negras são apenas 10,1%.

Por outro lado, quando tratamos de receber meio salário mínimo, as mulheres negras são 37,11% dessa estatística, contra 11,1% dos homens brancos. Novamente, o racismo se manifesta de várias formas, desde a recusa às opções de crédito em banco até as pessoas que não querem ser atendidas por um preto ou pardo.

Assim sendo, os desafios mais comuns se tornam a dificuldade de gerir finanças de um modo eficiente e a carência de apoio no planejamento e na administração de negócios. Simultaneamente, conforme dados coletados pelo IBGE, em 2019, quatro a cada dez jovens negros não haviam completado o Ensino Médio. Isso sem falar que, em média, 37% dos pretos e pardos têm uma renda de R$ 2.000 a R$ 4.999 por mês.

 

Uberaba recebe campanha nacional de descarte correto de eletroeletrônicos

A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau), em parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) promovem Drive-thru do descarte eletrônico. A ação será realizada no dia 22 de fevereiro, das 9h às 16h, na praça Pôr do Sol/Sicoob. 

A Abree realiza campanhas itinerantes de arrecadação de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e seus componentes para reciclagem em diversas cidades do país, e Uberaba vai receber essa ação. Para participar, basta levar os equipamentos que não estão funcionando ou se tornaram obsoletos, como TV´s, monitores, celulares, computadores, batedeiras, câmeras de vídeo e fotográfica, impressoras, entre outros.

Ainda no evento serão realizadas oficinas da Turma da Clarinha, com confecção de porta treco customizado, balangandãs, desenhos para colorir dos personagens da turma, além de distribuição das cartilhas para as crianças que participam das oficinas.

Vale lembrar que existe em Uberaba a Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos, administrada pela Codau, que fica no Centro de Tecnologia e Educação Ambiental (CETA), Parque das Barrigudas, e funciona de segunda a sexta das 8h às 16h. A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba (Aciu) também é um dos pontos de coleta da Central de Logística Reversa. A sede dispõe de armazenamento específico para eletroeletrônicos e eletrodomésticos em desuso, que podem ser descartados por pessoas físicas no local.


Fonte: Codau

 

 

Reflexões importantes sobre o Afroturismo

Um certo dia ouvimos dizer que “as pessoas pretas quando viajam procuram por passeios de pretos e isso é um grande diferencial em sua experiência”. Essa afirmação nos leva diretamente a refletir sobre o poder da escolha.

A escolha das atividades, produtos e serviços que consumimos é atravessada constantemente pelos mecanismos de marketing e publicidade em diferentes plataformas e mídias. Ao mesmo tempo, sabemos que a representatividade da diversidade (aqui em todos aspectos sociais) na estrutura comercial das grandes mídias, ainda está num estágio inicial e tem muita estrada pela frente para alcançar o que é necessário.

As pessoas quando se propõem a ter uma experiência turística tem uma forte tendência de fazer sua escolha a partir de uma conexão com o destino turístico e as atividades, ao nosso ver acrescentamos ainda o elemento da representatividade e do valor afetivo nesse processo de escolha. Eu me reconheço nesse lugar? O que me encanta nesta cultura? Quais histórias vou ouvir? Afinal, o turismo é também um mecanismo de transformação para quem visita e quem é visitado.

 

Você está preparado para o Esquenta do Carnaval da Feira Negra

 

O carnaval já começou faz tempo, nos barracões dos nossos expositores, eles não param de fazer as novidades para trazer nesse dia 23 lá no Beija Flor. Será o esquenta com o Grupo Produto Raro que vem crescendo e fazendo a diferença no Samba da Cidade.

A população do Beija Flor está ansiosa esperando pra soltar o grito da garganta. E junto com esse grito os expositores vem com as grandes ofertas de Carnaval. Será uma DOMINGO muito divertido e vamos contar com você e sua família.

As 09:00 horas as bancadas vão estar montada e com um som ambiente pra você passear em todas as bancadas e fazer a sua compra e depois o Grupo Produto Raro vai fazer aquela loucura de apresentação que já estão ensaiando para tomar conta da passarela do Beija Flor. Não perca esse festa gostosa.

Agora a Feira Negra está no Bairro Beija Flor, na Av. Juca Pato, 81 – Pertinho do terminal do Vetor Sudoeste, bem em frente a Igreja Santa Efigênia. Apartir das 09:00 vamos estar te esperando com toda a sua família.

 

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