O Vaticano informou que os cardeais começarão a se reunir em um conclave em 7 de maio para eleger o novo líder da Igreja Católica, que substituirá o papa Francisco. Ele morreu na última segunda-feira, 21, após um quadro de AVC e insuficiência cardíaca.
O anúncio oficial ocorreu na manhã dessa segunda-feira, 28. A data foi decidida durante a quinta Congregação Geral, uma reunião a portas fechadas entre os cardeais – a primeira desde o funeral e o enterro do papa Francisco, no sábado, 26, na Basílica Santa Maria Maior, em Roma.
O Vaticano fechou nessa segunda a Capela Sistina para os preparativos. Os visitantes que conseguiram entrar até domingo se consideraram sortudos, já que não há como saber quanto tempo o conclave durará e, por consequência, o período em que o local ficará sem visitação.
Os dois conclaves anteriores, realizados em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias. Cerca de 135 cardeais, sendo sete brasileiros, todos com menos de 80 anos e vindos do mundo todo, estão aptos a participar do conclave e decidir quem será o próximo líder da Igreja, que conta com 1,4 bilhão de membros. Eles irão se reunir na Capela Sistina para definir o sucessor do papa Francisco.
Do total de cardeais convocados para o conclave, 108 foram nomeados pelo papa Francisco: 40 na Europa, 20 na Ásia, 19 na América Central e do Sul, 15 na África, 10 na América do Norte e 4 na Oceania. Já Bento XVI nomeou 22 cardeais e João Paulo II cinco. A palavra conclave vem do latim ”cum clavis” que significa "sob chave" e é a reunião dos cardeais de todo o mundo para eleger um novo papa. Em 1970, Paulo VI fixou em 80 anos a idade limite para poder votar.
Conclave – Na manhã do primeiro dia de conclave, os cardeais participam de uma missa solene na Basílica de São Pedro. Por sorteio, três cardeais são designados "escrutinadores", três como "infirmarii" (encarregados de recolher o voto dos purpurados doentes) e outros como revisores para verificar a contagem. Os cardeais recebem cédulas retangulares com a frase "Eligo in Summum Pontificem" ("Elejo como Sumo Pontífice") na parte superior, com um espaço em branco abaixo. Então, os eleitores escrevem o nome do candidato à mão, "com caligrafia o mais irreconhecível possível", e dobram a cédula. É proibido votar no próprio nome.
Cada cardeal se dirige por turnos ao altar, segurando sua cédula no ar para que seja bem visível e pronuncia em voz alta o seguinte juramento em latim: "Ponho por testemunha a Cristo Senhor, que me julgará, de que dou meu voto a quem, na presença de Deus, acredito que deve ser eleito". Depois, eles depositam as cédulas na urna. Quando todas as cédulas forem recolhidas, um escrutinador agita a urna para misturá-las, as transfere para um segundo recipiente e outro cardeal as conta.
Dois escrutinadores anotam os nomes, enquanto um terceiro os lê em voz alta e perfura as cédulas com uma agulha. Os revisores comprovam em seguida que não foram cometidos erros. Se nenhum cardeal conquistar dois terços dos votos, os eleitores procedem a uma nova votação. Exceto no primeiro dia, são previstas duas votações pela manhã e duas pela tarde até a proclamação de um papa.
As cédulas e as anotações feitas pelos cardeais são queimadas em um fogão a cada duas rodadas de votação. A chaminé, visível pelos fiéis na praça de São Pedro, expele fumaça preta se nenhum papa for eleito e fumaça branca em caso de eleição do novo pontífice. O cardeal eleito deverá responder a duas perguntas: "Aceita sua eleição canônica para Sumo Pontífice?" e "Como deseja ser chamado?". Caso responda sim, torna-se papa e bispo de Roma.
Nomes para a sucessão do papa começaram a ser aventados. Seis religiosos têm se repetido em diversas apostas de veículos especializados na cobertura do Vaticano: Robert Sarah, Péter Erdo, Matteo Maria Zuppi, Pietro Parolin, Jean-Marc Aveline e Luis Antonio Gokim Tagle são alguns dos mais citados.
Com informações da AFP*
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