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Cidade AfroEmpreendedorismo

O mês de Maio foi de muitas atividades para a Feira Negra e o Movimento Negro em geral

A Feira esteve presente nas Homenagens realizada na sede da OAB de Uberaba

30/05/2025 05h00 Atualizada há 1 mês
Por: Cassiano Teodoro e Renata Aparecida

A valorização do Afroempreendedorismo pela população negra

O cenário brasileiro tem se modificado nos últimos anos devido a vários fatores, entre eles o desemprego em massa, a desigualdade social e a falta de acessibilidade para alguns grupos. Com isso, pode-se observar o crescimento de novas modalidades econômicas que as pessoas usam na tentativa para a independência financeira. O afroempreendedorismo é um desses exemplos, sendo uma estratégia para a valorização de trabalho da população negra e sua ascensão social.

Para entender o afroempreendedorismo, é necessário compreender primeiro o que é o empreendedorismo, um conceito amplo e que engloba várias questões, que não se resume apenas em abrir seu próprio negócio de forma criativa e inovadora. O afroempreendedorismo vem do ato de empreender, pensado pela e para a pessoa negra, encarando dois sentidos.

O primeiro sentido é quando uma pessoa negra abre seu próprio negócio. Independentemente do que seja, isso é chamado de sentido amplo. O segundo é mais restrito, de o empreendedor pensar em todo o processo da cadeia produtiva, envolvendo outras pessoas negras no processo.

O afroempreendedorismo tem muito da militância e envolvimento político. A partir do momento em que as pessoas negras decidem empreender, elas começam a se unir e a criar uma espécie de coletivo, um grupo que pensa as questões de coletividade. Esse modelo de empreendedorismo, portanto, transcende o ato de empreender.

“Um ponto importante dentro dessa categoria do afroempreendedorismo ‘mais fechado’ é quando esses produtos e serviços também têm questões raciais envolvidas, como um bom modelo de negócio que tem uma empreendedora que vai produzir peças de roupas com estampas que remetam à África, frases de empoderamento ou com imagens de personalidades negras da cultura pop. Todos esses produtos, que a gente chama aqui de agenciamento da estética negra, também fazem parte dessa categoria. Pensar como esses produtos vão ser confeccionados, quais mensagens, quais símbolos e significados essas peças vão carregar também fazem parte do afroempreendedorismo”, explica a especialista em cultura afro-brasileira Suelen Matos.

O modelo de afroempreendedorismo “mais fechado” é o envolvimento entre as pessoas negras, não necessariamente um grupo fechado, mas um modelo de negócio que prioriza o envolvimento de outras pessoas negras em todas as camadas de modelos de negócios, justamente para fazer o dinheiro circular entre os envolvidos.

No Brasil, não existe uma linha de crédito específica para empreendedores negros. Existem alguns grupos que tentam oferecer auxílios para que as pessoas negras consigam um empréstimo, um acesso a capital financeiro para começarem o seu negócio. Ainda existe uma dificuldade muito grande para os empreendedores negros abrirem um negócio, mesmo os que não precisam de muito investimento, principalmente para mulheres negras. Elas são as pessoas que menos têm acesso à liberação de um empréstimo em banco, com muitas barreiras que dificultam esse modelo de negócio.

“Se observar nas feiras o que as mulheres negras vendem, normalmente são roupas de brechó, que são coisas que você consegue comprar com pouco investimento. Elas vendem pães, bolachas, alimentos que podem produzir em casa. Elas também fazem assessórios como brincos e colares, que são também artefatos que precisam de pouco investimento. Então esses são normalmente os modelos de negócios. Existem algumas exceções a partir das condições que a pessoa tem e ela acaba conseguindo investir um pouco mais, mas, na maioria das vezes, o que a gente observa são esses modelos de negócios que precisam de pouco investimento”, comenta a especialista.

Para Suelen, a importância do debate sobre o afroempreendedorismo é desmistificar o ato de empreender e não tentar mascarar os problemas sociais e estruturais do atual momento que é o desemprego e a falta de acessibilidade no país, assim como a falta de acesso à educação, ao conhecimento e à profissionalização. “Mesmo com ações ativas, ainda existe uma dificuldade de populações negras, indígenas, pessoas com deficiências e pessoas trans de conseguirem acesso a emprego e a construir carreiras, conseguir alcançar espaço de visibilidade e trabalhar no que gostam, no que querem e no que sonham, e não simplesmente no que dá”, destaca.

É importante desmitificar a ideia de ato de empreender e apresentar o afroempreendedorismo como outra perspectiva de trabalho, de forma de organização e o potencial ideológico que o modelo tem. Também é fundamental se questionar nessa construção econômica que é o capitalismo. Esse tipo de empreendedorismo traz os debates raciais dentro do sistema econômico e da sociedade em geral.

São pontos importantes para debater, e mais que isso, pensar estratégias a partir do nosso lugar dentro dessa relação e o que pode ser feito. Pensar no afroempreendedorismo, procurar onde essas pessoas estão e consumir do empreendedor negro. É importante criar essa rede de conhecimento e repassá-la para que outras pessoas saibam que o afroempreendedorismo existe, para que esses afroempreendedores consigam a independência financeira e seu espaço digno de existência na sociedade.

 

O movimento AfroCultural de Uberaba tem mostrado crescimento na qualidade

A mídia é o termômetro de muitos acontecimento na Cidade e não podemos deixar de acompanhar esses movimentos que muda a cada dia para melhor em Uberaba. Quem analisa as redes sociais sabe do que estou falando, quando toca o assunto Afro Cultura.

Quanto se fala em Afro a conversa concentra em pessoas dedicadas, empenhadas e muitas vezes pessoas que aprendeu com seus ancestrais algumas artes. A Cultura é sim uma plantação que se cuida com carinho.

Uberaba tem crescido de maneira exponencial a quantidade de artistas, empreendedores de arte e aprendizes da nossa cultura.

Aja visto a alguns anos atrás muitas das nossas das nossas manifestações eram muito pobre e dependentes. Hoje superamos muitos desafios e avançamos e desenvolvemos grandes profissionais em todas as áreas.

Esse foi um dos segredos do crescimento do movimento AfroCultural de Uberaba.

 

 A Vice Presidente da Feira Negra marcou presença na sede da OAB de Uberaba

 

A Feira Negra teve muitas atividades em Maio

 

A muitos anos sabemos que o mês de maio é apertado pra comunidade negra no Brasil inteiro, devido as manifestações do 13 de maio que foi data da assinatura da Lei Áurea, então tornou data emblemática e representativa pra o movimento negro.

Com isso a Feira Negra fica mais apertado com os compromissos neste mês.

Desde o dia 01 já fomos convidados pra estar no dia dos trabalhadores que realizar na praça Jorge Frange. No dia 02, 09, 16 e 23, estivemos no Bairro Beija Flor que recebe muito bem a feira negra.

No dia 14 fomos convidados para expor na Sede da OAB de Uberaba, e foi uma festa linda que nós da coordenação fomos chamados para o salão social para representar os expositores.

No dia 17 fomos representados na festa da Abolição, na igreja São Domingos e também no Bairro São Basílio.

No dia 18 estivemos na Concha Cultural que acontece na Concha Acústica.

A Feira Negra não perde tempo e nem oportunidade, se chamar a gente se coloca presente sempre.

 

 

Agenda da Feira Negra no final de Semana

 

Continuamos com muitas atividades neste fim de semana.

Espero que você e sua família estejam preparados para mais uma Sexta Feira na Feira mais charmosa da Cidade. É a feira negra presencial no Beija Flor. A partir das 17:00 horas estaremos lá no Beija, na Av Juca Pato, 81. Bem pertinho do Terminal Vetor Sudoeste.

Na Feira você tira um gostoso lazer com a família e os amigos. Pode aproveitar e comprar muitos presentes como arte, artesanato, artigos religiosos, moda afro e muito mais. Vai poder sentar e deliciar com um churrasquinho muito gostoso. Não pode perder.

No Domingo vamos estar presente na Prudente de Morais, bem no início da Feira da Abadia. Nós montamos algumas das nossas bancadas lá e atende com muito prazer.

Vamos estar também na Concha Acústica no domingo do Rock. É um evento realizado pela Fundação Cultural.

Será uma enorme alegria ver você e sua família nos acompanhando.

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Sobre AfroEmpreendedorismo
A Coluna tem o objetivo de facilitar o processo colaborativo de Cocriação, ou seja, trazer um movimento de mobilização para a cultura do Afro-Empreendedorismo, promovendo com isso mais inclusão social e econômica da comunidade negra
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