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Cuidado com as dores gastroabdominais

Elas podem estar sinalizando para enfermidades como a apendicite, a diverticulite e a colecistite. Especialista alerta para a evolução rápida e risco de morte das três inflamações do abdômen

07/07/2020 05h00
Por: Redação

O que o apendicite, a diverticulite e a colecistite têm em comum? As

três são inflamações agudas do abdômen que necessitam de

intervenção cirúrgica rápida. Caso contrário, o rápido agravamento

pode levar o paciente pode a óbito.  As três enfermidades também têm

sintomas similares, como a dor abdominal, e com o advento da pandemia do

novo coronavírus e consequente receio das pessoas de irem aos

hospitais, tem aumentado o número de pacientes que procuram ajuda

médica tardiamente.

 

Essa é a avaliação do  cirurgião gastro-robótico, Adilon Cardoso,

em seu dia a dia profissional. "As inflamações do abdômen têm uma

evolução relativamente rápida. Do início dos sintomas a seis ou 12

horas após, já há um agravamento significativo do paciente. Por

regra, até 24 horas é preciso ter um diagnóstico definido e exigem

intervenção cirúrgica rápida", explica o médico, que é _ _membro

Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica.

 

A apendicite, ou inflamação do apêndice, pode afetar 1 em cada 500

pessoas a cada ano, especialmente os jovens, segundo a literatura

médica. Quando não retirado rapidamente, o apêndice  inflama e rompe.

Com isso, a cavidade peritonial é contaminada com fezes podendo gerar

infecção generalizada, ou septicemia, doença que matou 11 milhões de

pessoas no mundo em 2017, segundo estudo publicado no periódico

científico The Lancet. A complicação responde por 20% das mortes no

planeta, segundo o estudo baseado em dados de 195 países.

 

O mesmo pode acontecer com episódios de colecistite, que é uma

inflamação da vesícula biliar, um pequeno órgão digestivo abaixo do

fígado. Com seu rompimento, a bile se espalha pela cavidade peritonial.

  Já na diverticulite, o rompimento dos divertículos abrem espaço para

as fezes atingirem os outro órgãos, assim como nos casos de

apendicite. A enfermidade é uma evolução da diverticulose - uma

doença causada pelo o acúmulo e retenção de uma pequena quantidade

de fezes nos divertículos do intestino grosso.

 

Conforme o médico Adilon Cardoso, eles podem ocorrer em qualquer fase

da vida, mas algumas têm incidência maior em determinadas faixas

etária. "As doenças do tubo intestinal pode afetar pessoas de qualquer

idade, ou seja, de criança a idosos. É claro que certas faixas

etárias e perfis de pacientes têm suas especificidades e um problema

pode afetar com maior ou menor frequência um determinado grupo de

indivíduos. As mulheres jovens em idade fértil e com um quadro de

excesso de peso, por exemplo, são mais propensas a apresentarem o

quadro de colecistite; já a diverticulite é uma doença clássica de

pacientes com mais de 50 anos e que já têm alguma outra doença

diverticular; e a apendicite é mais comum na infância e entre adultos

jovens", esclarece.

 

O cirurgião gastro-robótico Adilon Cardoso orienta que o apendicite e

a colestitite são imprevisíveis e não há  nada que o indivíduo

possa fazer para diminuir as chances de sua ocorrência. Mas, no caso da

diverticulite, é possível adotar uma rotina alimentar preventiva. "Se

você já for portador de alguma doença diverticular e tiver uma dieta

adequada, como o consumo regular de alimentos ricos em fibras, como

frutas e verduras, você pode diminuir as chances de desenvolvê-la",

esclarece.

 

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