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Por que roncar não é sinônimo de dormir bem?

Você sabia que mais de 936 milhões de pessoas roncam ao dormir?

28/08/2020 04h00
Por: Redação

Você sabia que mais de 936 milhões de pessoas roncam ao dormir? Além
do incômodo sonoro, a síndroma pode gerar problemas de saúde
importantes. No release abaixo, o otorrinolagingologista do Hospital
Santa Cruz, Dr. Mohamad Feras Al-lahham, explica um pouco mais sobre os
efeitos.

Fique à vontade para compartilhar o material.
Qualquer dúvida, estou à disposição.

Abraços!

Por que roncar não é sinônimo de dormir bem?

_O ruído é sinal de obstrução nas vias respiratórias e prejudica
quase um bilhão de pessoas em todo o mundo_

O ser humano dorme em média 8 horas por dia, o que dá cerca de 2,9 mil
horas por ano e, provavelmente, um terço de toda a vida. No entanto,
nem todas as pessoas conseguem se deitar e pegar no sono imediatamente.
Isso pode ocorrer por diversos motivos, mas um dos mais comuns é o
ronco ou, mais profundamente, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

A revista The Lancet - uma das mais importantes publicações
científicas do mundo - divulgou em 2019 que mais de 936 milhões de
pessoas convivem com o problema, número quase 10 vezes maior que a
estimativa de 2007 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que
indicava a ocorrência em cerca de 100 milhões pacientes.

De acordo com o otorrinolaringologista e cirurgião de ouvido, nariz e
garganta do Hospital Santa Cruz, Dr. Mohamad Feras Al-lahham, o ronco é
um ruído provocado pelo estreitamento ou obstrução das vias
respiratórias superiores durante o sono que, consequentemente,
dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas.

A apneia do sono é tudo isso somada à pausa da respiração enquanto
se dorme, o que causa um impacto ainda maior na saúde. "Por isso, não
tem como falar sobre ronco sem mencionar e investigar a apneia do sono.
Nem todo paciente que ronca tem apneia, mas quem sofre desse problema,
provavelmente ronca", enfatiza.

Como o ronco prejudica a saúde?

Quando dormimos, nossos processos vitais entram em uma linha básica,
reduzindo o gasto de energia. Com isso, os chamados hormônios do dia
(adrenalina, cortisol e insulina) também dormem, enquanto o hormônio
do descanso (melatonina) começa a se espalhar pelo organismo para
promover o repouso necessário e a recuperação celular. Quando há
alguma alteração nesse ciclo devido à obstrução das vias aéreas, a
saturação sanguínea começa a diminuir até chegar a um nível tão
baixo que o cérebro interpreta como sufocação.

"Quando chega a esse ponto, o corpo desperta para inalar mais oxigênio,
fazendo com que nossos processos vitais e hormônios diurnos despertem
também. É a partir disso que começamos a sentir os efeitos colaterais
como insônia, palpitação, taquicardia, respiração rápida e
ansiedade. Além disso, o efeito dos hormônios inapropriados pode levar
a pressão alta, obesidade, alterações no colesterol e
triglicerídeos, problemas no coração e no cérebro, sono diurno e
cansaço crônico", alerta o otorrinolaringologista.

Tratamento médico

Apesar da patologia ser comum, muitas pessoas não dão a devida
importância ao problema e ao tratamento. "No consultório, a primeira
coisa que precisa ser feita é a apuração do que causa o ronco ou a
apneia de sono. A partir disso, é preciso descobrir se o problema tem
origem obstrutiva como desvio de septo, hipertrofia do corneto inferior,
sinusite crônica, pólipos nasais, entre outras patologias", diz Dr.
Mohamad.

De acordo com o médico, a melhor solução para corrigir essas
disfunções precisa ser construída em conjunto com o
otorrinolaringologista. "Se for uma rinite crônica, por exemplo,
iniciamos sempre com medicamentos e acompanhamos a evolução. Porém, a
maioria dos casos são cirúrgicos e demandam certo tempo de repouso,
apesar da recuperação ocorrer rapidamente de modo geral", explica.

Como podemos evitar ou melhorar o nosso sono?

Atitudes simples que reduzem o ronco e a apneia de sono

        * Dormir de lado: a obstrução das vias aéreas acontece mais quando
se dorme de barriga para cima porque a língua e o palato mole são
empurrados contra a garganta.
        * Perder peso: quando se está acima do peso, é possível que haja
acúmulo de gordura em volta da traqueia, o que dificulta a passagem do
ar.
        * Evitar álcool e nicotina: além de fazerem mal à saúde de modo
geral, essas substâncias provocam o relaxamento dos músculos e o
aumento da obstrução.
        * Exercitar a língua, a faringe e a garganta:  tentar levantar o
sininho da garganta, segurar e relaxar; abrir a boca tentando manter a
língua grudada no céu da boca;  posicionar o dedo na parte interna da
bochecha entre os dentes pressionando a bochecha para fora são alguns
exercícios que ajudam a diminuir o ronco.

Sobre o Hospital Santa Cruz

Fundado em 1966, o Hospital Santa Cruz está localizado no bairro Batel,
em Curitiba (PR), e, desde junho de 2020, é unidade integrante da Rede
D'Or São Luiz - maior rede de hospitais privados do país com atuação
no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão,
Bahia, Sergipe e Paraná. O Hospital Santa Cruz é considerado um centro
de alta complexidade no atendimento das áreas de Oncologia,
Cardiologia, Cirurgia Geral, Neurologia, Ortopedia, Pronto-Atendimento,
Checkup e Maternidade. Com estrutura e equipe multidisciplinares,
equipamentos de última geração e um moderno centro cirúrgico,
oferece cuidado de alta qualidade centrado no paciente, segurança
assistencial e humanização do atendimento. É reconhecido com o selo
de Acreditação com Excelência Nível III, entregue pela ONA, sendo a
instituição acreditada nesta categoria por mais tempo no Estado. Mais
informações em www.hospitalsantacruz.com [1].

Sobre a Rede D'Or São Luiz

Fundada em 1977, a Rede D'Or São Luiz é a maior rede de hospitais
privados do Brasil, com presença em São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraná, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão, Sergipe, Bahia e
Ceará. O Grupo opera com 52 hospitais, sendo 51 próprios e um hospital
sob gestão. Atualmente a Rede D'Or contabiliza 7 mil leitos
operacionais, e tem planos de chegar a 11 mil até 2022. São, ao todo,
51,1 mil colaboradores e 87 mil médicos credenciados, que realizaram
1,2 milhão de atendimentos de emergência, 254 mil cirurgias, 32 mil
partos e 383 mil internações nos últimos 12 meses, além de 9,6 mil
cirurgias robóticas desde o início do serviço, há cinco anos. A Rede
D'Or São Luiz também conta com a Oncologia D'Or, rede de clínicas
especializadas em tratamento oncológico em que está presente oito
estados brasileiros.

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