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Tecnologia nas sementes melhoram eficiência do plantio das pastagens

Produtor de Jaciara, em Mato Grosso, aposta na qualidade dos pastos para aumentar lotação da fazenda

01/09/2020 04h00
Por: Redação

Os números sempre fizeram parte da rotina do produtor Ricardo Loto.
Formado em economia, ele que é um dos donos da Fazenda Nossa Senhora da
Aparecida, que fica localizada em Jaciara no sul mato-grossense, trocou
a agitação do mercado financeiro pela vida mais tranquila no campo
para ajudar o pai a tocar um novo projeto na propriedade da família.

A ideia era tornar a fazenda de cerca de 4.200 hectares mais eficiente e
rentável e a experiência de Loto com os números foi fundamental nesse
processo. Ele que atualmente é o gestor e responsável pela
administração geral, assumiu a missão de ver onde poderiam ser mais
produtivos. A propriedade que cria ovinos e equinos, tem como carro
chefe a recria e a engorda de bois (machos). "Já fizemos cria também,
mas por uma questão de mercado resolvemos focar na recria e engorda",
destaca o produtor.

Atualmente a estratégia da Nossa Senhora da Aparecida é bem definida.
No ano, o giro é de cerca de 5.400 animais, que são recriados a pasto
e terminados em semiconfinamento e confinamento. Para esse projeto dar
certo, o administrador percebeu que o cuidado com as pastagens seria
fundamental na engorda da boiada, pois era preciso alimentação de
qualidade.

Cientes dessa necessidade e após muitas pesquisas no mercado, há pouco
mais de um ano fizeram os primeiros testes com os produtos da Soesp -
Sementes Oeste Paulista, e deu certo. Com bons resultados, de lá para
cá não pararam mais de usar. Entre as variedades adotadas estão desde
Panicum Mombaça, e BRS Zuri até Brachiarias como Marandu e BRS
Ipyporã. "A qualidade da semente e a tecnologia nela embarcada nos
surpreendeu muito positivamente", ressalta Loto.

As sementes Soesp são dotadas da tecnologia exclusiva Advanced, que tem
como objetivo produzir pasto de altíssima qualidade, acompanhando as
necessidades dos sistemas agropecuários. As sementes que recebem o
tratamento Advanced são blindadas e ganham diversos benefícios para
melhorar a produtividade no campo, entre elas: alta pureza, maior
plantabilidade e uniformidade, não rompem o tratamento no plantio,
resistência ao estresse hídrico e já vêm tratadas com um inseticida
e dois fungicidas.

Este tratamento segue protegendo a semente de cupins, formigas, fungos,
até sua germinação, dispensando a manipulação de agroquímicos na
propriedade. "O que me fez escolher a Soesp foi a tecnologia da semente,
a questão da blindagem e revestimento. A proteção da semente mesmo
que fique um tempo sem chuva e volte a chover ela brota com a mesma
qualidade, esse foi o ponto que mais me atraiu e despertou atenção,
toda a tecnologia que vem nela", afirma o produtor.

Facilidade no plantio

Atualmente na Nossa Senhora da Aparecida o plantio é realizado da forma
convencional com adubadora a lanço (tipo Vicon). Antes de utilizarem os
produtos da Soesp, quando a fazenda trabalhava com sementes não tão
puras, era necessário realizar mais de uma operação, ou seja, um
trator com a Vicon semeando e um outro trator para "cobrir a semente"
com a grade niveladora.

Quando a fazenda passou a utilizar a tecnologia da Soesp, os
proprietários perceberam que poderiam utilizar apenas um implemento
simples, que hoje várias empresas têm no mercado. Um equipamento que
vai na frente do trator (uma plantadeira elétrica) proporcionou fazer
as duas operações com apenas um trator. "Pela mecânica da máquina
com uma semente suja e nem tão pura não é possível fazer isso.
Operacionalmente nos facilitou muito, plantamos hoje com mais
eficiência e com uma economia bem maior", cita o economista.

De olho no futuro

Agora a fazenda se prepara para através de suas tecnologias ser ainda
mais eficiente. Segundo Loto, no projeto de futuro traçado, a ideia é
aumentar o número de animais recriados e terminados na fazenda. "Hoje
abatemos um volume baixo de animais terminados em confinamento, algo em
torno de 25%. Queremos melhorar a estrutura física do confinamento para
chegar até 50%, aumentar o número de animais confinados e abatidos na
propriedade", destaca.

O primeiro passo dessa estratégia foi dado, com as reformas de pastagem
já realizadas na propriedade esse ano, os produtores pretendem chegar a
um rebanho de 6 mil animais e em até dois anos atingir 7 mil cabeças.
"Estamos avaliando cada ano, sempre com os pés firmes no chão
principalmente por conta da reposição que está muito complicada.
Estamos bem otimistas, temos boas tecnologias, o mercado está bem
aquecido, e queremos crescer de forma saudável", diz o produtor.

Além da fazenda de Jaciara, recentemente em outra propriedade da
família, Loto e seu pai estão implantando um projeto de Integração
Lavoura Pecuária (ILP). A ideia é no mesmo espaço ter uma produção
mais sustentável, eficiente e rentável. "Este projeto ainda está em
fase de implantação, mas temos grandes expectativas de retorno a
médio e longo prazo", finaliza o gestor.

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