Os preços da indústria subiram 3,40% em outubro frente a setembro, a
maior alta desde janeiro de 2014, início da série histórica do
Índice de Preços ao Produtor (IPP). O resultado, divulgado hoje (26)
pelo IBGE, reflete, principalmente, a elevação de preços dos
alimentos e dos produtos das indústrias extrativas. Houve alta de
preços em 23 das 24 atividades pesquisadas.
Esse é o décimo quinto aumento consecutivo na comparação mês a
mês do indicador, que mede a variação dos preços de produtos na
“porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das
indústrias extrativas e da transformação. No ano, o IPP acumula alta
de 17,29%. Já nos últimos 12 meses, a inflação da indústria chegou
a 19,08%.
A atividade de alimentos, que tem o principal peso no índice geral
(cerca de um quarto do indicador), registrou alta de 4,60% no mês,
mantendo as variações positivas observadas desde julho. No acumulado
do ano, a variação foi de 28,36% e, em 12 meses, 35,89%. Ambas são as
maiores de suas séries.
"Em termos de grupo, os preços dos produtos de fabricação de óleos
e gorduras vegetais e animais e de fabricação e refino de açúcar
tiveram variações acima da média do setor na comparação de outubro
contra setembro, de 13,48% e 4,98%, respectivamente", observa o gerente
do IPP, Alexandre Brandão.
Em termos de influência no indicador de outubro, além dos alimentos
(1,17 p.p.), destaque para as indústrias extrativas (0,53 p.p.), outros
produtos químicos (0,36 p.p.) e metalurgia (0,31 p.p.).
Em outubro, a variação média de preços na indústria extrativa foi
de 9,71%, sétima alta consecutiva no ano. Com isso, até outubro, os
preços em 2020 variaram 50,31% e, na comparação com o mesmo mês de
2019, a variação foi de 53,64%. Esses resultados estão influenciados
pelo câmbio, com depreciação do real frente ao dólar de 4,2%
(outubro contra setembro), de 36,9% (entre dezembro de 2019 e outubro de
2020) e de 37,6% (nos últimos 12 meses). Também refletem o movimento
dos preços internacionais de “óleo bruto de petróleo” e
“minérios de ferro e seus concentrados”.
Outras variações relevantes foram as da indústria química (4,52%),
com o quarto aumento consecutivo e o segundo maior resultado do ano, e
metalurgia (4,93%), segunda maior da série do IPP, perdendo apenas para
a de sete meses atrás, quando atingiu 5,74%.
Em relação às grandes categorias, foram os bens intermediários –
com influência de 2,74% no índice – que fizeram os preços subir
5,01% em outubro.
Para mais informações sobre esse assunto acesse a página do IBGE na
Internet - www.ibge.gov.br [1] ou diretamente na Agência de Notícias
IBGE - http://agenciadenoticias.ibge.
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