Sábado, 20 de Abril de 2024 04:05
Geral Coluna

Mulherio

Juba Maria

01/09/2019 06h00 Atualizada há 5 anos
Por: Redação

Segundo dados do Centro Integrado de Informações de Defesa Social do Governo de Minas Gerais, 3.166 casos de violência doméstica foram registrados de janeiro a junho deste ano na Risp Uberaba. Desse total, 1.484 foram casos de violência física.

A Risp Uberaba é composta pelos seguintes municípios: Água Comprida, Araxá, Campina Verde, Campo Florido, Campos Altos, Carneirinho, Comendador Gomes, Conceição Das Alagoas, Conquista, Delta, Fronteira, Frutal, Ibiá, Itapagipe, Iturama, Limeira do Oeste, Nova Ponte, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Pratinha, Sacramento, Santa Juliana, Santa Rosa da Serra,São Francisco de Sales, Tapira, Uberaba, Uniao de Minas e Veríssimo.

Entre eles, o mais violento para mulheres no primeiro semestre foi Sacramento, com índice de violência de 6,12%; e o mais seguro, Pedrinópolis, com taxa de 1,10%. 

Foram registrados ainda no primeiro semestre de 2019, 10 crimes de feminicídio na Risp Uberaba, dos quais 7 tentativas e 3 consumados.

Você sabia que as experiências por que passam mulheres em situações de abuso e violência causam profundas alterações nas ondas cerebrais?

Segundo os especialistas, no estado de atenção inicia-se a produção de adrenalina e, depois, o estado de alerta, quando a mulher começa a experimentar o estado nervoso.

Quando as ondas cerebrais seguem produzindo mais adrenalina alcançam o chamado estado de medo. Nesse momento, é comum quebrar objetos, perder as chaves, esquecer eventos importantes. 

Acima de uma determinada frequência, atinge-se a barreira do indivíduo, quando não é mais possível reagir. Depois disso, o cérebro bloqueia e é quando ocorre o ataque de pânico.

É também por essa razão que mulheres em situação de violência física ou psicológica muitas vezes não conseguem sair de um relacionamento abusivo sem a interferência de terceiros.

Existe solução? Estudar o assunto é fundamental para prevenir esse tipo de abuso e ajudar mulheres que já passaram pela situação de violência a superar e seguir em frente.

Mas para apoiar mulheres a saírem de um relacionamento abusivo, só mesmo apostando na sororidade, no afeto, no amor, na empatia e na rede de amizade, conforme preconizado pelo bediz = bem dizer. 

Qualquer mulher pode aprender a técnica e realizar visitas na casa de mulheres que precisam de ajuda. 

Em meio a tantas notícias ruins, ficamos repletas de alegria ao ouvir, na última sexta-feira, 30/8, mulheres incríveis falando sobre temas variados para as startups de Uberaba, durante o evento StartupON, no Sebrae.

Jhennyfer Coutinho, da Adstartup, Jade Miranda, da Rockcontent e Ada Rocha, da Maxmilhas, mostraram que as mulheres tem poder. 

“É fundamental comunicar sem gênero para atingir todas as pessoas, sem excluir ninguém. Trocar a expressão ‘bem vindo’, por exemplo, por ‘boas vindas’”, disse Ada Rocha, que trabalha como Analista de Conteúdo.

Também mereceu destaque a fala da estudante de administração do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Andreia Alves, que aproveitou a oportunidade para falar sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, em especial as mulheres negras, para ocupar espaços de poder.

“Realmente não é fácil pra nenhuma mulher, mas procuro mostrar resultado para depois poder cobrar reconhecimento”, comentou Jhennyfer em resposta à estudante.

 

jornalistajubamaria@gmail.com

 

Cartas

Recebo cartas de mulheres em situação de violência. Envie sua história. Unidas somos mais fortes.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Juba Maria
Sobre Juba Maria
Jornalista formada pela UFRJ, mãe e poeta, trabalha como Assessora de Comunicação da Infraero. É uma das coordenadoras do projeto AMAi e dá palestras sobre Comunicação Não-Violenta.
Ele1 - Criar site de notícias