Neto Talmeli
O Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil cumpriram vários mandados de busca em apreensão, nas cidades de Uberaba e Ribeirão Preto. A operação foi desencadeada na manhã desta sexta-feira (13). Em Uberaba, foram cumpridos três mandados e dois na cidade de Ribeirão. A operação investiga crimes de tráfico de influência, falsificação de documentos públicos, associação criminosa e peculato.
Uma clínica de oftalmologia e uma empresa de soluções em questão de saúde e alguns imóveis, foram os alvos das investigações. Documentos, celulares e computadores foram apreendidos para serem periciados. A operação contou com 25 policiais civis, e membros do MPMG., Todas as buscas e apreensões foram expedidas pela 1° Vara Criminal de Uberaba.
Segundo informações obtidas através da Polícia Civil, os envolvidos são suspeitos de lesarem os cofres públicos do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Grande (Cisvalegran), pelo pagamento de consultas médicas e cirurgias não realizadas ou feitas de forma diferente da que era lançada no sistema.
Os procedimentos eram inseridos em sistema e executados no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), depois eram pagos como se tivessem sido realizados da forma informada, a uma clínica na cidade de Ribeirão Preto.
Segundo apurado, é que o próprio hospital Mário Palmério, encontrou a suposta irregularidade e enviou para o Ministério Público para que seja apurado.
Em nota emitida à imprensa o Hospital Mário Palmério informou, "A respeito da operação do Ministério Público, o Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) esclarece que a instituição identificou, em apuração interna, eventual anormalidade administrativa em determinados procedimentos.
De imediato, o Hospital tomou a iniciativa e encaminhou Notícia de Fato ao Ministério Público para apuração, culminando na operação realizada hoje, dia 13 de maio de 2022.
Concomitante à iniciativa do MPHU em encaminhar o caso ao MP, a instituição desligou os colaboradores supostamente envolvidos nas práticas apuradas. O Hospital, assim como a sociedade, foi vítima de tais fatos e colabora com as autoridades para total esclarecimento e punição dos eventuais culpados".
O promotor de Justiça Dr. José Carlos Fernandes, informou que, " Desde o mês de março se deu inícios as investigações, através de notícias da própria mantenedora do Hospital, dando conta das possíveis irregularidades, desde então unindo esforços do MP e da Polícia Civil de Minas, foram feitas as investigações, e na data de hoje, foram cumpridos os mandados de busca e apreensão, todos os materiais apreendidos serão periciados para conclusão das investigações.