Arahilda Gomes Alves
Há intermináveis seguidores da arte em heranças paternas. Lembrêmo-nos dos três pintores renascentistas formando trilogia da arte-berço italiana: Michelangelo, Da Vinci e Rafael. A criação de Adão, na capela Sistina, a Pietá na Basílica de S Pedro e o monumental Davi na piazza de Florença incorporam a arte pictórica à música interagindo maravilhosamente, na expressão artística.
Os autorretratos do holandês Rembrandt (1606/1669), mostram visão penetrante do seu caráter. O Pensador de Rodin e sua escultura –o Beijo, escandaliza a sociedade e a época pelo realismo da cena. Dante, na literatura medieval com a Divina Comédia, em suas alegorias do Mal e do Bem vislumbra o sobrenatural-inferno, purgatório e paraíso.
Também, a vida vai pincelando caminhadas dignificando o homem, concepções onde o pensar, agir e sentir provocam ações tridimensionais assistidas pelo livre arbítrio.
Volto à música poética-sonora emoldurando a palavra sonoridade-poética, simbolicamente agrupadas no Parthenon da História eternizando-as e me lembrando do que dissera meu inolvidável mestre Sergio Magnani, em B Horizonte: “Se o Réquiem de Mozart é Rafael, o de Verdi é Michelângelo”.
No ideal arquitetônico imperando beleza e austeridade, o templo à deusa Athena, na acrópole de Atenas com imensas colunas datadas de 447-438 a.C. danificado por explosões inimigas venezianas em 1687.Pensemos na torre de Pisa, campanário
Italiano do século 12 e que, depois de duzentos anos inclina-se pela primeira vez em 1993 proibindo-se que os fortes badalados dos sinos não a inclinassem, mais.
Assim é o edifício humano susceptível de reações Caminhando pelo pre-clacissismo, encontramos Bach - o Pai da música com uma prole de quarenta músicos por sete gerações. Contemplemos as nove bacchianas de Villa Lobos impregnadas do nosso folclore. Aprofundemo-nos nos três Bs da Alemanha, aqui citados. Bach (1685/1750), Beethovenn (1770/1823) e Brahms, os dois últimos, do classicismo ao romantismo (1833/1883) e opositor do modernismo de Wagner (1813/1883 revolucionando a ópera, arte musical das mais completas e expressivas, em que a Voz é instrumento comunicador gerando palavras em sentimentos expressados no” tom parlante e cantante”.
Também gera o silêncio, pelo apoio respiratório, sopro de vida, tão eloquente, necessário e expressivo, quanto ela!
Arahilda Gomes Alves - Cadeira 33 ALTM; vice-presidente -2ª-gestão; membro Academia Poetas Portugueses e Academia Letras e Artes Portugal; cônsul Poetas Del Mundo; Academia Internacional do Brasil; diretora cofundadora Fórum Articulistas de Uberaba e Região. Partícipe Rede Sem Fronteiras; sócia Poemas à Flor da Pele. Dois primeiros lugares em Contos (R.S) e Feira do Livro (México). Crônica (2018). Escreve crônicas no JU desde 1993.
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