Arahilda Gomes Alves -
Não estava presente quando ela nasceu. Mas a data, bem me lembro! Era dia de festa. Nomes ilustres representavam um grupo de projeção. De uma casta de intelectuais desde o clero a jornalistas, médicos, advogados, historiadores, professores! Pensamentos afins e ela deu voz à comunidade. No início, sem moradia, sempre presente em residências que não a deixavam esmorecer, porque corria-lhe nas veias, o ideal de um sonho que nascera forte e bem acompanhado. Porque, um sonho não se sonha sozinho para que cresça robusto e caminhe triunfante.
Fez história. Tornou-se respeitada por todos. Pelas muitas vitórias, percebeu a comunidade que ela precisaria de abrigo. Bons administradores passaram a respeita-la. Tornou-se um amigo, morada discreta de enorme coração.
Seu nascimento, repito, em data memorável-15 de novembro-que os bancos escolares nos mostraram data cívica de uma contemplada proclamação da república afastando de vez a monarquia portuguesa. Data que poderia elevar o acontecimento de elevadas atitudes patrióticas de brasilidade verde /amarela, mas que, infelizmente, conspurcada por vozes de homens, vendilhões da pátria!
Nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro se faz lembrada pelos que a amam, pelos que veem nela, a continuidade do nosso lar. Onde irmãos de coração se confraternizam. Nosso templo do saber, na mesclagem das letras.
Estamos há três biênios compromissados seguindo exemplo de valorosos nomes que a abraçaram. Citar nomes e feitos, são tantos, que a memória, poderia falhar.
Mas nos meus guardados, uma voz se ergueu em declaração de afetuosos sentimentos. Não titubeei em pinçar certas frases, que transcrevo:
“O que lhe ofertar nos seus 60 anos? A paz entre seus filhos estaria de bom tamanho? No seu silêncio providencial, sabemos que você responderia: SIM! Que cada um de nós, numa reflexão, possamos em correspondência ao bem recebido, lhe dar um pouquinho do muito que você merece. Afinal, você nos dá tanto! O título de Acadêmico que nos conferiu, é como se fosse mais um sobrenome agregado ao nosso nome. Quanto vale essa honraria? ...tenho consciência de que realizei pouco diante do muito a ser realizado.
.... Querida mãe acadêmica...estamos aqui para renovarmos o compromisso de coloca-la sempre, acima de nossas divergências pessoais…prometo que terei o coração lavado, isento de mágoas. Você com amor materno, me ensinou a pensar grande tendo os pés no chão…dê-nos a humildade de passarmos um apagador nos senões do passado e encarar o futuro de mãos dadas! “ (Presidente João Sabino)
Eis um grito de amor consciente, humilde. Uma corrente de paz, de eloquente superação de sentimentos e ressentimentos. Página a merecer moldura ao lado do Hino da ALTM: O livro tem voz/No ideal se agiganta!
Arahilda Gomes Alves - Cadeira 33 ALTM; vice-presidente -2ª-gestão; membro Academia Poetas Portugueses e Academia Letras e Artes Portugal; cônsul Poetas Del Mundo; Academia Internacional do Brasil; diretora cofundadora Fórum Articulistas de Uberaba e Região. Partícipe Rede Sem Fronteiras; sócia Poemas à Flor da Pele. Dois pr imeiros lugares em Contos (R.S) e Feira do Livro (México). Crônica (2018). Escreve crônicas no JU desde 1993.
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