Olá, leitorxs!
Desde a apresentação da coluna, estamos falando sobre a importância de reconhecer e respeitar os direitos das pessoas LGBTQIAPN+, e hoje convido vocês para conhecerem alguns marcos e datas importantes para a comunidade.
Quarta-feira passada, dia 28/06, comemoramos o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, em homenagem a um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade arco-íris pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall Inn. Em 1969, essa data marcou a revolta da comunidade LGBTQIAPN+ contra uma série de invasões da polícia de Nova York aos bares que eram frequentados pelo público queer, em que essas pessoas eram presas e sofriam represálias por parte das autoridades.
A partir desse ocorrido, foram organizados vários protestos em favor dos direitos da comunidade em muitas cidades norte-americanas. A 1ª Parada do Orgulho Gay aconteceu no ano seguinte (1970), para lembrar e fortalecer o movimento de luta contra o preconceito. Assim, a Revolta de Stonewall Inn é tida como o “marco zero” do movimento de igualdade civil das pessoas LGBTQIAPN+, e por isso, apesar do dia 28 ser a data em questão, o mês de Junho todo é dedicado a celebrações pelas conquistas, assim como a conscientização da população sobre a importância do combate à LGBTQIAPN+fobia.
E sabem onde acontece a maior Parada do Orgulho do mundo? No Brasil! No último dia 11, tivemos em São Paulo a sua 27ª edição, que levou cerca de 3 milhões de pessoas, de vários lugares do país e do mundo, às ruas da capital paulista. O tema foi: “Políticas sociais: queremos por inteiro e não pela metade”, com o objetivo de reafirmar o compromisso com a luta contra qualquer tipo de discriminação, além de promover o respeito à diversidade e a construção de políticas afirmativas para a população LGBTQIAPN+.
Porém, mesmo que muitas cidades optem por realizar suas Paradas em Junho, algumas elegem outros meses do ano, para que a visibilidade não se resuma apenas ao mês em questão. Em Uberaba, em 2022, tivemos uma conquista muito significativa, a 1ª Semana da Diversidade LGBTQIAPN+, que contou com vários eventos, incluindo a 16ª Parada da cidade, após um hiato de dois anos devido à pandemia.
Essas datas e eventos são um meio de conectar o passado, o presente e o futuro da nossa comunidade na sociedade brasileira. Em 2022, uma pessoa LGBT+ foi morta violentamente a cada 32 horas no Brasil. O país também é o que mais mata pessoas trans no mundo, pelos últimos 14 anos. Segundo um relatório da organização ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais, a expectativa de vida de uma pessoa trans no país é de 35 anos, visto que 89% delas morrem antes dos 40 anos. Portanto, é de suma importância reconhecermos a luta ao longo dos anos para as nossas conquistas de hoje, mas também não esquecermos que ainda há muito a ser feito para construirmos uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente da identidade de gênero ou orientação sexual.
As opiniões emitidas pelos comentaristas não refletem necessariamente a opinião do Jornal de Uberaba
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