Olá, leitorxs!
Semana passada falamos sobre Agosto ser o mês do Orgulho e Visibilidade lésbica, e no texto de hoje veremos algumas frases que precisamos parar de falar para mulheres lésbicas. Quando conversar conosco, é importante demonstrar respeito e inclusão. Evite fazer perguntas intrusivas sobre sua orientação sexual, fazer piadas ofensivas ou estereotipadas, e não assuma que nossas experiências sejam as mesmas entre todas as pessoas lésbicas. Trate-nos com a mesma consideração que você teria com qualquer outra pessoa, focando em interesses compartilhados e construindo uma conversa significativa.
Mas, então, o que não falar ou não perguntar à uma mulher lésbica? Dentre várias frases inconvenientes e desrespeitosas, selecionei uma lista com as dez que mais ouvimos no dia-dia:
1- “Mas quem é o homem da relação?”
Se estamos falando de uma relação homoafetiva entre duas mulheres, a questão é que não existe um homem na relação.
2- “Você é lésbica porque ainda não se relacionou com um homem de verdade.”
Não é necessário nos relacionarmos com um homem para sabermos que gostamos de mulheres. Vamos pensar o contrário, as mulheres heterossexuais precisam se relacionar com uma mulher para saber que gostam de homens?
3- “Mas você não sente falta de alguma coisa?”
Se somos mulheres homoafetivas e estamos com uma mulher, não nos falta nada. A relação sexual não deve ser resumida em algo falocentrado. E além disso, esse comentário também pode ser transfóbico, pois está ignorando a existência de mulheres trans.
4- “Você nem tem cara de lésbica!”
Não existe um modelo a seguir com requisitos para ser uma mulher lésbica. Uma mulher não precisa performar a masculinidade para estar com outra mulher, as performances do que é considerado feminino ou masculino nada tem a ver com a orientação sexual.
5- “Que desperdício!”
Essa frase, além de lesbofóbica, é machista, pois é como se a única serventia de uma mulher fosse se relacionar com um homem.
6- “Mas você não tem vontade de ser mãe?”
O fato de uma mulher ser lésbica não a impede de ser mãe. Se quisermos, podemos passar por um processo de inseminação artificial ou adotar.
7- “Você teve algum trauma de infância ou alguma relação traumática com um homem?”
Nós não mudamos de orientação sexual por causa de um trauma. Se fosse assim, todas as mulheres que sofreram violência ou tiveram relacionamentos abusivos com homens “virariam” lésbicas.
8- “É só uma fase, vai passar!”
A orientação sexual de uma pessoa não é, por exemplo, uma ferramenta para se demonstrar rebeldia ou um surto adolescente.
9- “Mas como vocês fazem sexo?”
Além da pergunta ser totalmente invasiva, todos possuem formas diferentes de se relacionar independente da orientação sexual. A frase é como se existisse apenas uma relação natural, e entre homens e mulheres.
10- “Posso participar?”
Geralmente, esse é um tipo de comentário que vem de um homem ao ver um casal lésbico, além de ser machista, ilustra a fetichização da mulher lésbica.
Olhando assim, pode parecer óbvio, mas, infelizmente, são coisas que ouvimos muito e é extremamente desagradável. A não ser que você tenha intimidade com a pessoa e abertura para discussões mais íntimas, trate-a com respeito e considere suas experiências individuais, sem generalizações ou estereótipos. Lembre-se de que a empatia, o respeito e a compreensão são fundamentais em qualquer conversa.
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