No âmbito de um desafiante projeto de alta eficiência energética, a equipe embarcou em uma jornada para aprimorar um modesto motor Honda GX35 de 35cc, originalmente equipado com carburador, com vistas à participação na competição Shell Eco-Marathon. Essa transformação foi orientada pela meta de otimizar o consumo de combustível. A equipe efetuou uma série de modificações e adaptações, incluindo a incorporação de:
- Motor Honda GX35 de 35cc, previamente parte de uma roçadeira Honda.
- Corpo de borboleta da CG160 da Honda.
- Sensor de rotação da Fiat Marea.
- Sensor de temperatura MTE4053 adaptado ao bujão do óleo.
- Bico injetor da Biz110i.
- Bobina do Gol Mi, com 3 fios.
- Roda fônica 60-2 para leitura de rotação.
A verdadeira revolução ocorreu com a implementação da injeção eletrônica, que substituiu o carburador original. Essa atualização tecnológica permitiu à equipe um controle excepcionalmente preciso tanto do suprimento de combustível quanto do momento da ignição, resultando em um desempenho otimizado.
A transição para a injeção eletrônica incluiu a instalação estratégica de sensores críticos. Dentre eles, destaca-se o sensor de rotação proveniente de um Fiat Marea, bem como o sensor de temperatura MTE4053, engenhosamente adaptado ao bujão do óleo. Ademais, houve a adaptação do corpo de borboleta da CG160 da Honda, com a utilização dos sensores já incorporados nele.
Devido às regulamentações impostas pela competição, o uso de bombas de combustível estava vetado. Assim, a equipe desenvolveu uma solução inovadora de pressurização para o tanque de combustível. Com a aplicação de ar comprimido, o tanque foi pressurizado até 4 bar, sendo posteriormente regulado para 2 bar. O ar comprimido pressurizado impulsiona o combustível a uma pressão de 2 bar, aprimorando a atomização e consequentemente a eficiência da queima.
A adaptação do corpo de borboleta da CG160 ao motor GX35 revelou-se um desafio complexo, dadas as consideráveis diferenças de tamanho e especificações. A equipe trabalhou diligentemente para efetuar os ajustes necessários, incluindo a integração da roda fônica 60-2 para aprimorar a precisão e a sincronização do sistema.
Uma série abrangente de testes foi realizada para calibrar com precisão a abertura do bico injetor e o ângulo de ignição para cada fase do motor. Esses testes desempenharam um papel crucial em assegurar que o desempenho do motor alcançasse os padrões ideais de eficiência.
Em estrita conformidade com as regras da competição, a equipe incorporou uma válvula de segurança no sistema, garantindo que as pressões permanecessem dentro dos limites seguros. Isso representou um elemento fundamental para a segurança da solução de pressurização.
A maior vantagem trazida pela injeção eletrônica foi a habilidade de controlar com extrema precisão a quantidade de combustível injetada, o que assegurou que o motor funcionasse de forma otimizada, independentemente das condições de pilotagem.
A equipe possui planos bem definidos para aprimorar ainda mais o veículo. Entre as melhorias planejadas, destacam-se a incorporação de um sensor de velocidade da roda, um sistema de ventoinha para resfriamento do motor e a possível implementação de um sensor de temperatura (EGT) para monitorar com ainda mais precisão as condições internas. O foco é tornar o sistema ainda mais confiável em todas as situações.
Com a injeção eletrônica, o modesto motor Honda GX35 est
á preparado para brilhar na competição Shell Eco-Marathon, representando uma notável conquista em eficiência energética.
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