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Pet News

Marcos Moreno

14/02/2020 06h00
Por: Redação
Pet News

Cães e gatos podem contrair o coronavirus?

Nas últimas semanas, o mundo todo foi surpreendido por um surto do novo coronavírus que já infectou mais de 24 mil pessoas em 26 países. Identificado inicialmente na China no final do ano passado, onde já contabilizou mais de 500 mortes, o vírus é um novo agente pertencente a família coronavírus, conhecida por infectologistas desde a década de 60, e responsável por provocar infecções respiratórias e sintomas semelhantes aos de gripes e resfriados como tosse e febre. No Brasil, surgiram alguns casos suspeitos não confirmados, mas o fato da origem da epidemia estar sendo associada a um mercado público de comercialização de animais selvagens vivos em Wuhan, na China, tem preocupado tutores de pets quanto a contaminação de animais de estimação.

A médica veterinária da Esalpet, Karla Bruning de Oliveira, esclarece que cães e gatos podem sim contrair o coronavírus, mas em suas configurações caninas e felinas, que não são transmitidas para os humanos. “A coronavirose é uma doença comum em cães e gatos. Nos cães, a forma mais registrada é a gastroentérica, transmitida por meio do contato com fezes contaminadas. Ela causa sintomas muito semelhantes ao da parvovirose, como vômito e diarreia com perda de sangue. O vírus destrói as vilosidades do intestino do animal e provoca gastroenterite hemorrágica”, explica. “Nos gatos, a coronavirose é causadora da peritonite infecciosa felina, uma doença grave também transmitida pelo contato com as fezes”, acrescenta.

Quanto a fatalidade da infecção por coronavírus nesses animais, a profissional destaca que a coronavirose felina não tem cura, e o tratamento consiste em melhorar a imunidade do gato com o intuito de diminuir a progressão da doença, mas a maioria dos tutores e veterinários acaba optando pela eutanásia. Já nos cães, a doença muitas vezes vem acompanhada de outros vírus, como o da parvovirose. Quando a infecção é mais branda, por um único vírus, o tratamento é mais eficaz, e o internamento com medicações adequadas tem diminuído significativamente o número de óbitos”, garante. Estar atento aos sintomas e procurar orientação veterinária aos primeiros sinais incomuns, também, é crucial para a saúde do animal. “Nos gatos, os sintomas podem variar dependendo da resposta imune do organismo, mas em grande parte dos casos é possível identificar, perda de apetite e peso, aumento gradual do abdômen, febre persistente, pelagem sem brilho, alteração neurológica como a queda da traseira, e algumas vezes infecções oculares, alteração de cor e irregularidade nas pupilas. Nos cães, o vírus coloniza o intestino, portanto os sintomas sempre são associados a esse órgão como diarreia aguda , vômitos, dor abdominal, dificuldade em defecar e desidratação”, ressalta.

 

Prevenção

Doenças virais sempre incluem protocolos de prevenção, e no caso da coronavirose felina existe uma vacina importada disponível, mas a sua proteção é controversa, e alguns gatos não respondem bem. “No Brasil, a vacina contra coronavirose felina não faz parte do quadro de vacinação, portanto a melhor forma de prevenir é sempre manter o local onde o gato vive limpo e higienizado. O mesmo vale para os cães quanto a higiene, além disso, é fundamental manter as vacinas polivalentes em dia, respeitando os esquemas iniciais e anuais de vacinação”, destaca a médica veterinária Karla Bruning de Oliveira.

A profissional ainda lembra da importância dos tutores, também, manterem hábitos regulares de higiene. “Embora o agente do coronavírus que atinge os cães e gatos não sejam transmissíveis aos humanos, esta é uma família viral que sofre mutações constantes, por isso é fundamental higienizar as mãos, manter o ambiente sempre limpo e evitar o acúmulo de fezes de animais e casa”, completa a especialista.

 

Cães precisam de cuidados redobrados em dias de chuvas

Chuva e animais de estimação não são uma boa combinação. Isto porque, quando os pets estão expostos a estes fatores naturais eles também estão propensos à desenvolver doenças perigosas, que comprometem não só a qualidade de vida deles, mas também de seus tutores.

Levando em consideração os vários problemas desencadeados por esta relação, é preciso que o responsável pelo peludo tome determinadas medidas, com o intuito de evitar maiores preocupações com a saúde do cãozinho.

Desta forma, o tutor consegue proteger o seu melhor amigo de patas com atitudes simples. Mas para isso, é preciso reconhecer os possíveis riscos que o animal está sujeito à passar.

 

Leptospirose

A maior preocupação que um tutor deve ter, em épocas de chuva, é com relação ao contágio de leptospirose. Esta doença transmitida pelo contato do animal com a urina contaminada do rato, pode deixar a saúde do pet debilitada.

Além disso, vale ressaltar que esta é uma zoonose, ou seja, uma patologia que pode ser transmitida do cachorro para o humano. 

 

Fungos

Porém, a preocupação não para na leptospirose. Um animal que tem contato com chuva pode apresentar outras doenças, que mesmo possuindo um grau de gravidade menor, merecem atenção do tutor. Este é o caso de problemas de pele, tendo em vista que um pet molhado está propenso a desenvolver bactérias e fungos que danificam o pelo e a epiderme.

 

Articulações

Outro exemplo de distúrbio é com relação as articulações, principalmente, em cães idosos. Pois o corpo molhado, junto às temperaturas baixas, acabam potencializando dores na junção entre os ossos.

 

Pneumonia

Além destes problemas, o cachorro também pode apresentar hipotermia, estado de saúde que tem como consequência quadros de gripes e pneumonias.

 

Faça uma boa ação!

Existem muitos animais abandonados nas ruas, que merecem atenção e carinho como todos os peludos que sabem o que é ter um lar. Frente a isso, mesmo que você não tenha espaço para adotar mais um pet, ofereça um lar temporário a um cãozinho, pelo menos durante uma chuva. O Clube para Cachorros acredita que boas atitudes mudam o mundo. Então, ajude a transformar este mundo em um lugar melhor para todos os seres.

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Sobre Marcos Moreno
Sou Marcos Moreno, comunicador com vários anos dedicados ao trabalho de colunista e assessor de imprensa. Há alguns anos com trabalho na mídia impressa e eletrônica voltado para os animais, notadamente pets.
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