Segunda, 11 de Novembro de 2024
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Cidade Poéticas Rueiras

Todo meu amor!

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03/07/2024 06h00
Por: Alessandro Dornelos
Todo meu amor!

Quem sabe é Deus
Viva ao Deus dará
Vencerei, vencerei, venceréis
Sempre terei que lutar

É com o machado de Xangô
Que a justiça reinará
Axé, axé, axé, Salvador
A vida vai ter que mudar

Autores: Saul Barbosa e Jaime Sodré 


Porquê  o troféu  de barro não queimou no seu quarto?
O troféu que era de barro, queimou novamente. Portanto, queimou duas vezes. O barro do troféu  resistiu  como único sobrevivente, porque aceitou o fogo na sua tessitura.
Barro e fogo é vidro! Inquebrável o barro aceita o fogo e resiste  a várias  queimas. O fogo  não mata o barro, pelo contrário,  aviva, renasce, ressurge.
Você  pede desculpa por não aceitar ajuda!
E eu peço  desculpas, pois não sei apagar  a escrita desse acontecimento.
Perdeu todos os seus pertences no seu quarto.
Do tênis Adidas ás camisetas prediletas. O fogo queimou tudo em cinza! O Quarto recebeu os cuspidos fogosos das labaredas que consumiram as paredes, o colchão  e um tanto de momentos fotográficos. 
O fogo queimou tudo! Menos o troféu  do Ondaka! O fogo de Xangô não deixou  acontecer coisa pior. Xangô cuidou do seu corpo, da sua pele, retirando-a de casa horas antes para que nada acontecesse com você. O fogo de Xangô fez da sua casa um xirê. O Machado biface esteve no seu quarto! Protegeu sua saída! O fogo restaura aura, o fogo acalenta lento, o fogo afugenta os males, queimou  porque tinha que queimar, mas depois do fogo a vida restitui, igual como o cerrado brota vida após os incêndios maldosos. Cê renascerá em fogo . Não ignore a cinza, não ignore os queimados nem as queimaduras na alma. A armadura de xangô reveste seu porvir. E o que há de vir será florido, que nem as flores renascidas no pasto após as labaredas de fogo 
Eu peço desculpa, pois não poderia deixar de escrever sobre o fogo, sobre o amor que tenho por você. Eu peço desculpa, porque só sei pedir a Xangó que cubra seu orí com a coroa do soberano de Oyó.
O fogo queimou suas vestes, mas nao queimou a sua pele.
O fogo queimou, mas poderia queimado muito mais.
Deixe que o fogo restitua!
Deixe que o fogo seja fogo
Deixe o fogo
O fogo é amigo
Meu amigo
Queimou porque tinha que queimar
O ar, a quentura que te rodeiam te salvaram do pior.
Sem você, a fogueira que cultuamos estaria amornada, apagada, sem graça.
Sem você,  a palavra  que tanto berro também morreria um pouco.
Sem você,  teria que aposentar as letra L, O,B,I, N, H, O.
Sem você eu nem saberia terminar essa poesia.

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