O início efetivo da construção do gasoduto do interior de São Paulo até Uberaba está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É que para efetivar o projeto Gás para Empregar, em que Uberaba será o município piloto, é necessário que o governo federal defina o preço do gás e garanta suprimento do insumo. A informação é do consultor Paulo Kazuo, durante apresentação do projeto em Uberaba na noite dessa sexta-feira, 19. Ele afirma que a expectativa é que isso ainda aconteça até o final deste ano, provavelmente logo após as eleições.
Kazuo faz parte do Grupo de Trabalho do Programa Gás para Empregar (GT-GE) e destaca que o grupo de estudo até calculou o preço que viabiliza o investimento para a implantação do gasoduto e agora aguardam a decisão do presidente Lula, que irá avaliar detalhes como, por exemplo, a questão tributária. Porém, avalia que a reforma tributária pode estar fazendo a análise demorar.
O consultor afirmou, ainda, que assim que esta decisão for tomada não demorará a construção, já que será construído na faixa do poliduto da Petrobras, que já possui licença ambiental, devendo somente realizar atualização e termo de ajustamento e o início da obra poderá começar entre três a seis meses. Após o inicio a previsão é que comece a implantação em dois anos.
“Depende do andamento das obras. Na Argentina foi construído em seis meses, porém trabalhavam até aos domingos. Temos de ver como será a obra no Brasil”, avalia.
O ex-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Uberaba, Anderson Adauto, que faz parte do grupo para trazer o Gás para Empregar para Uberaba, e a pessoa que mais está envolvida neste projeto e que luta por sua implantação, afirma que está confiante. Destacou que quando o projeto começou a ser instituído em março de 2023, o custo para levar o gás era de 12,5 dólares. Com as articulações para trazer gás de outros países e até do Brasil, o aumento da oferta já fez o preço cair e está fácil chegar ao alvo para viabilizar o duto.
Anderson e Kazuo também destacaram que quando o projeto for efetivamente implantado irá gerar empregos diretos e indiretos e aumentar o PIB no município. Uma das preocupações é justamente a mão de obra. Reunião com este objetivo já foi realizada e nesta terça-feira, 23, acontecerá novo encontro para debater as demandas e a formação de mão de obra qualificada e técnica.
O município também está buscando efetivar uma estrutura adequada, já que o próprio Anderon Adauto tem afirmado que será um projeto que elevará a cidade bem acima do que foi feito quando a Fosfértil foi inaugurada no município. Segundo estimativas, os investimentos em projetos em gasudutos de escoamento, uni9dades de processamento de gás natural, gasodutos de transporte e unidades de fertilizantes nitrogenados e metanol podem gerar 436 mil empregos diretos e indiretos, com previsão de investimentos da ordem de R$ 94,6 bilhões. Também é previsto acréscimo no PIB de R$ 79 bilhões e aumento na arrecadação de impostos federais de R$ 9,3 bilhões. (MGS)
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