O futebol feminino está presente nos Jogos Olímpicos desde 1996, em Atlanta, quando fez a sua estreia nas Olimpíadas — quase 100 anos depois do futebol masculino. Em Paris, a modalidade chega à sua oitava edição com a seleção brasileira em busca do ouro inédito e desta vez com uma motivação a mais: o torneio poderá marcar a despedida da Rainha Marta.
Para o Brasil, o futebol olímpico tem sido uma montanha-russa de emoções; enquanto o masculino conquistou as duas últimas medalhas de ouro (Rio 2016 e Tóquio 2020), mas está fora dos Jogos Olímpicos deste ano, a seleção feminina tem duas medalhas de prata, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e vêm de uma eliminação traumática para o Canadá na última edição.
A seleção brasileira feminina de futebol chega às Olimpíadas de Paris com a mesma liderança das últimas duas décadas. Aos 38 anos, Marta, seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, está pronta para sua sexta participação olímpica. Com 13 gols marcados em Jogos Olímpicos, ela está a apenas um gol de igualar a artilheira histórica Cristiane, com 14 gols.
Marta já é a única jogadora a marcar gols em cinco edições (tanto no masculino quanto no futebol feminino) de Olimpíadas e pode ampliar o seu recorde. Caso conquiste o ouro inédito, também se torna a primeira jogadora de futebol (também incluindo a seleção masculina) a conquistar três pódios.
Depois de uma semana de treinamentos intensivos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), a seleção brasileira embarcou para Paris na quarta-feira (17 de julho). Sob a liderança do técnico Arthur Elias, a equipe seguirá treinando em Bordeaux, onde fará sua estreia no torneio olímpico no dia 25 de julho contra a Nigéria.
O torneio olímpico de futebol feminino conta com 12 seleções, divididas em três grupos. As duas melhores equipes de cada grupo, além das duas melhores terceiras colocadas, avançam para as quartas de final. O Brasil está no Grupo C, e, além da Nigéria, enfrentará o Japão, no dia 28 de julho, no Parc des Princes, em Paris, e a atual campeã mundial Espanha, no dia 31 de julho, novamente em Bordeaux.
As favoritas ao ouro
A seleção brasileira, eliminada na primeira fase da Copa do Mundo 2023 e campeã da Copa América 2022, não é a principal candidata à medalha de ouro. Porém, a recente renovação e mudanças sob o comando de Arthur Elias e a presença de destaques individuais como as experientes Rafaelle e Tamires, e as jovens Kerolin, Yaya, Duda Sampaio, Gabi Nunes e Gabi Portilho, podem fazer o Brasil surpreender na disputa.
A Espanha, estreante no futebol feminino dos Jogos Olímpicos, chega como uma das grandes favoritas após conquistar seu primeiro título na Copa do Mundo de 2023. Com uma equipe repleta de estrelas como Aitana Bonmatí, Alexia Putellas (duas vezes melhor do mundo) e Salma Paraluello, as espanholas têm todas as credenciais para brigar pelo ouro.
“O fato da Espanha ter vencido a Copa do Mundo eleva o seu favoritismo nas casas de apostas, pois os apostadores mais conservadores vão optar por essa opção segura e de baixo risco nas Olimpíadas”, aponta Felipe Pereira, diretor editorial do site BonusdeApostas.com.
A França, país anfitrião, foi responsável por eliminar o Brasil na Copa do Mundo de 2019, e segue entre as favoritas. As francesas possuem uma dos elencos mais fortes do planeta e também busca uma medalha de ouro inédita. Mesmo passando por uma reformulação e com a aposentadoria de estrelas como Megan Rapinoe, os Estados Unidos, tetracampeões olímpicos, continuam na disputa pelo título olímpico.
Atual campeão após vencer os Estados Unidos, o Canadá não manteve o bom desempenho nos últimos anos. As canadenses não vêm de um bom resultado na Copa do Mundo de 2023 e não chegam como favoritas em Paris 2024, porém, ainda podem incomodar Brasil e cia.
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