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Sobre sermos e precisarmos de colo, apoio e o suporte

Nesse texto falaremos sobre ser porto seguro

31/07/2024 às 09h05
Por: Júlia Caixeta
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Sobre sermos e precisarmos de colo, apoio e o suporte

Começarei lhe questionando, querido(a) leitor(a): você já foi o colo de alguém? Você ajudou uma pessoa em seu momento de mais necessidade; ouviu suas angústias quando mais ninguém estava disponível; pôde lhe estender a mão quando poucos indivíduos faziam mais que lhe julgar? Às vezes me pego pensando se não fomos todos suporte de alguém, em algum momento. Muitas vezes, uma pessoa perto de nós precisou de apoio, de sustentação, de algum tipo de certeza em meio a um mar de inseguranças que permeavam sua vida e buscaram nossa presença para lhe garantir esse conforto. 

 

Todos já fomos o porto seguro de alguém e já buscamos em alguém essa espécie de fortaleza que, naquele momento, não podíamos ter em nós mesmos. 

 

Tiago Iorc tem uma música que eu –particularmente- acho linda, chamada Dia Especial. A letra é a seguinte:

 

“Se alguém/ Já lhe deu a mão/ E não pediu mais nada em troca/ Pense bem/ Pois é um dia especial

Eu sei/ Não é sempre que a gente encontra alguém/ Que faça bem/ Que nos leve deste temporal”

 

De fato, ser o colo, o apoio e o suporte de alguém e não pedir nada em troca é algo muito raro. Quase único, eu diria. Por vezes, ser nosso próprio colo, nosso próprio apoio e nosso próprio suporte é a via possível que temos, então precisamos utilizá-la da maneira mais gentil conosco. Contudo, pedir ou querer o colo de alguém também é tão nobre quanto, querido(a) leitor(a) e lhe aconselho, do fundo do coração, a ter essa experiência em algum dia especial de sua trajetória. 

 

Mas e quando nos negaram colo toda uma existência? Momentos que exigiam que o indivíduo contasse com um apoio ou suporte precisaram ser vividos de maneira solitária, talvez em meio a angústia. Seria fácil dizer que em um mundo com uma variedade de pessoas, neste contexto seria apenas aprender a confiar em algumas e pedir por ajuda quando necessário, mas isso também seria uma falácia – quando o colo basicamente nunca existiu, a gente nunca aprendeu a pedir por ele. 

 

Seja de que forma for, querido(a) leitor(a), tenha você algum dia segurado uma mão estendida em sua direção ou nunca recebido um colo, saiba que você pode contar com algumas poucas pessoas para serem seu apoio: amigos, família ou até mesmo um psicólogo, se assim julgar que deva ser. Se apoiar e ser apoio fazem parte da vida, vida essa mais leve se tivermos dias mais especiais.

 

Maria Angélica Orlando Nechar - estudante de Psicologia da UFTM

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