Olá, leitores!
A menos de 1 semana das eleições municipais, é muito importante pensarmos nas questões políticas para além de partidos políticos. E, que nós, jovens, não somos o futuro da sociedade, nós somos o presente, esse que é o único tempo passível de ações.
Por isso, na coluna de hoje, temos a participação da estudante Luiza Toledo, de 16 anos, trazendo algumas impressões sobre a consciência social e política da sua geração, e as consequências a partir disso.
Boa leitura!
"As eleições políticas recentes, acompanhadas de discussões extremamente polarizadas e o meu amor por MPB se juntaram em uma mesma reflexão: o conflito geracional. A canção “Como Nossos Pais”, escrita em 1976 por Belchior, nunca esteve tão atual, quase descrevendo a geração Z (aqueles que nasceram de 1990 até 2010, a minha geração) e o seu conformismo político. Mas, seriamos nós, a juventude, o rosto da renovação, pela primeira vez os agentes do retrocesso?
Depois de algumas pesquisas, recebi a resposta que: sim. Artigos recentes na revista de Estudos Avançados da USP afirmaram que o crescimento do fanatismo político e, principalmente, a ascensão do conservadorismo não é limitado as gerações anteriores, sendo notável também entre os mais jovens. A ironia não está só no pensamento retrógrado de uma nova geração, mas também na era em que ela existe — em que a tecnologia e o conhecimento estão cada vez mais acessíveis. Seria esse fenômeno ligado a passividade intelectual ou apenas a um comodismo social?
A inércia da juventude se deu no pior momento. O momento em que a polarização ideológica e a idolatria política se parecem cada vez mais com o nosso futuro, o momento em que administradores com mais de 40 anos na política ditam ações para o futuro e prometem mover mundos para um Brasil melhor, nos fazendo esquecer que não são eles que irão lidar com esse futuro, somos nós. Nós, que marcamos cada vez mais pontos na inércia intelectual, que cedemos ao conformismo de uma geração que viveu em uma realidade diferente da nossa.
A ascensão do conservadorismo entre os jovens não é uma simples preferência política. É um sintoma de uma crise mais profunda, ligada não a preservação de valores antigos, mas sim a abdicação da responsabilidade social de inovar e desafiar o presente. As narrativas que antecedem não são um refúgio feito para seguir, e sim uma base para criar correntes e novos rostos revolucionários.
Será mesmo, que vivemos como nossos pais?"
Luiza Toledo
*A participação da Luiza foi autorizada pela sua mãe, Fabiane Dos Santos.
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