Governo de Minas utiliza drones no enfrentamento da dengue

Para ajudar no combate à dengue, zika e chikungunya, o Governo de Minas investe em um reforço inovador: o uso de drones. Os equipamentos estão sendo utilizados para mapear e tratar os locais com acúmulo de água parada que possam se tornar criadouros do Aedes aegypti e, dessa forma, auxiliar na redução do número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito.
A estratégia é fruto da política Vigidrones, criada pela Secretaria de Estado de Minhas Gerais (SES-MG), que está sendo implementada nas 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) de forma gradual, para otimizar o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE) dos municípios.
Os drones permitem a identificação de áreas de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas, e possibilitam a aplicação precisa de larvicidas.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, os resultados iniciais são promissores. “Observamos uma significativa eliminação de focos de água parada e do vetor nos municípios que iniciaram o mapeamento”, destaca, ressaltando a relevância da tecnologia. “Minas está liderando o uso de recursos avançados para prevenir epidemias de dengue e gerenciar emergências de saúde pública”.
O Governo de Minas destinou R$ 30 milhões para contratação e execução do geomonitoramento por drones. Nos municípios com menos de 30 mil habitantes, os recursos foram repassados aos Consórcios Intermunicipais de Saúde, que gerenciam o serviço. Em 2024, 394 cidades foram atendidas, com 45 mil hectares mapeados e a identificação de mais de 100 mil potenciais criadouros. Estima-se que 20% a 25% dos focos não são detectados pelos ACE, reforçando a importância do uso da tecnologia.

Números – O ano de 2025 mal começou e os números da dengue já começam em alta. E também já começaram com informações desencontradas.
A SES divulgou o boletim epidemiológico de monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika, com números da última segunda-feira, Segundo o boletim, até o dia 7 Minas Gerais registrou 288 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 60 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, não há óbitos confirmados ou em investigação por dengue no estado. Em Uberaba a Secretaria Municipal de Saúde divulgou o boletim epidemiológico da dengue apontando que até a última segunda-feira, 6, foram 6 casos no município.

Vale lembrar que o Departamento de Vigilância em Saúde está realizando até nesta sexta-feira, 10, o primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti LIRAa) do ano de 2025.

Em relação à febre Chikungunya, o boletim da SES aponta que foram registrados 9 casos prováveis da doença, dos quais 3 foram confirmados. Até o momento, não há óbitos confirmados ou em investigação por Chikungunya em Minas Gerais.

Quanto ao vírus Zika, até o momento não há casos prováveis e confirmados para a doença no estado.

Uberaba não teve até o momento nenhum registro destas duas últimas arboviroses.

Números desencontrados – Entretanto, a exemplo do que aconteceu em 2024 os números não batem. Enquanto o boletim da SES aponta que Minas Gerais registrou até o momento 288 casos, outra divulgação da própria Secretaria de Estado de Saúde, o Painel de Monitoramento, mostra que em Minas já são 1.061 casos prováveis da dengue e 72 casos da febre Chikungunya. O painel mostra que Uberaba já registrou 38 casos prováveis de dengue.

Já no Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, onde as notificações são obrigatórias e compulsórias no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), neste ano, até o dia 8, foram notificados 14.511 casos prováveis de dengue, sendo 2.383 já foram confirmadas e existem 13 óbitos em investigação pela dengue.

Segundo o painel da MS, Minas registrou 779 casos prováveis de dengue e 163 foram confirmados. E Uberaba tem 16 casos prováveis, segundo o Sinan.

Em relação à Chikungunya, o país tem 388 notificações, com 53 casos confirmados enquanto Minas Gerais tem 48 notificações, sendo 31 confirmadas.

Isso mostra que os números desencontrados continuam neste ano e que a população tem de tomar cuidado para eliminar os criadouros.