Luciana Sagioro, bailarina considerada fenômeno da dança e primeira brasileira a integrar a Ópera de Paris

Considerada desde a infância uma promessa do balé brasileiro por profissionais da área, a bailarina atravessou fronteiras ao se tornar a primeira brasileira a ingressar na prestigiada Escola da Ópera de Paris, além de ser a primeira a conquistar um contrato vitalício com a renomada companhia francesa.
Luciana Sagioro começou a fazer aulas de balé aos três anos e, segundo ela, foi paixão à primeira vista. Poucos anos depois, aos 8, a bailarina já sabia que dançar seria o que queria fazer pelo resto da vida.
"Eu ficava mais feliz indo para o ensaio de um espetáculo do que para uma festinha de aniversário. Então, foi assim que tive certeza de que era isso o que queria, porque me sentia muito feliz, muito completa e muito realizada quando estava na sala de aula", lembrou.
Para que a bailarina pudesse seguir o sonho dela, a família de Luciana entendeu que ela precisava sair de Juiz de Fora e ir para uma cidade que tivesse uma escola com foco na formação profissional.
Sagioro, então, se mudou com a ajudante da família para o Rio de Janeiro, aos 10 anos, para estudar na 'Petite Danse', uma das escolas de balé mais bem avaliadas do país.
"A mudança foi difícil por diversas questões, mas, sem dúvidas, o mais pesado foi deixar meu lar, minha família, minhas irmãs, porque eu sempre tive tudo na minha cidade", desabafou.
Para se tornar bailarina profissional, Luciana passou por vários concursos e festivais, nacionais e internacionais, que a moldaram. Durante a preparação, ainda criança, ela já era descrita como uma grande promessa do balé.
"Muitas pessoas me perguntam se eu tinha essa pressão pela excelência, mas sempre vi isso como algo positivo. Eu pensava: 'Se dizem isso, é porque realmente eu danço muito bem, e agora é o momento de trabalhar para realmente provar para todo mundo o que eu quero'".
Aos 15 anos, Luciana foi aprovada no prestigiado concurso Prix de Lausanne, considerado a 'olimpíada do balé', que aconteceu na Suíça. Mais de 3 mil bailarinos enviam vídeos para conseguir uma vaga, e apenas 70 de todo o mundo são selecionados.
A brasileira conquistou o terceiro lugar na competição e ganhou oito bolsas de estudo para ingressar em escolas de balé por toda a Europa, entre elas a tão sonhada Ópera de Paris.
Luciana foi a primeira brasileira a ingressar na Escola da Ópera e também a primeira a ter um contrato vitalício na companhia.
Mesmo com tantas conquistas em poucos anos de vida, Luciana diz que ainda tem grandes metas para alcançar na carreira e pretende conquistar novos cargos e dançar muitos papéis de grandes balés, como o clássico Lago dos Cisnes.