A Petrobras, uma das maiores e mais valiosas empresas do Brasil, anunciou um novo projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que a posiciona como pioneira no setor de energia: a mineração de Bitcoin. A iniciativa faz parte de um plano mais amplo que também contempla a tokenização de ativos, ampliando as possibilidades de utilização da tecnologia blockchain na cadeia de valor da companhia.
Com um valor de mercado superior a R$500 bilhões, a Petrobras se junta a grandes bancos brasileiros como BTG Pactual, Itaú e Santander, que já exploram aplicações do blockchain. Essa estratégia marca uma nova fase para a companhia, que busca inovações tecnológicas alinhadas à transição para uma economia de baixo carbono.
Impacto no setor energético
A mineração de Bitcoin é um processo essencial para o funcionamento da blockchain da criptomoeda. Por meio de computadores que possuem o software da blockchain do BTC instalada, mineradores verificam transações e adicionam blocos à rede, garantindo sua segurança e descentralização. Durante essa atividade, os mineradores competem para resolver complexos cálculos matemáticos utilizando o algoritmo SHA-256, recebendo BTC como recompensa por cada bloco validado.
No caso da Petrobras, o projeto aproveita o gás natural gerado durante a exploração de petróleo, um subproduto que muitas vezes é desperdiçado ou queimado. Essa abordagem é semelhante à adotada por outras petroleiras, como as argentinas Tecpetrol, Pluspetrol e YPF Argentina. A utilização do gás residual para mineração de Bitcoin oferece um exemplo prático de como a tecnologia blockchain pode ser integrada à cadeia de valor da indústria energética, promovendo maior eficiência e sustentabilidade.
Apoio de instituições acadêmicas e histórico em blockchain
Para o desenvolvimento do projeto, a Petrobras contará com o suporte do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Universidade Petrobras e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Não é a primeira vez que a Petrobras aposta no universo das criptomoedas. Em 2023, a empresa firmou uma parceria com o Banco do Brasil para desenvolver soluções de pagamento baseadas em blockchain. Além disso, a companhia também participou de um programa de educação em blockchain promovido pela Fundação Cardano, ampliando o conhecimento interno sobre a tecnologia.
Tokenização de ativos: o futuro digital da Petrobras
Outro aspecto destacado no projeto de P&D é a tokenização de ativos, processo que converte bens físicos em ativos digitais negociáveis por meio da tecnologia blockchain. Essa inovação pode trazer benefícios significativos, como maior liquidez, transparência e redução de custos operacionais. A Petrobras, ao adotar essa estratégia, busca diversificar suas fontes de receita e ampliar sua presença em mercados digitais.
O projeto de mineração de Bitcoin e tokenização de ativos se insere no contexto global de transição energética e sustentabilidade. Ao utilizar gás natural residual para alimentar os processos de mineração, a Petrobras reduz emissões e contribui para uma economia mais limpa. Além disso, a integração de tecnologias digitais na cadeia de valor fortalece a competitividade da empresa no mercado global.
A entrada da Petrobras na mineração de Bitcoin e na tokenização de ativos representa um marco na inovação tecnológica do Brasil. Combinando pesquisa acadêmica, sustentabilidade e estratégias digitais, a companhia se posiciona na vanguarda das transformações do setor energético e financeiro.
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