De acordo com dados recentes do Censo Demográfico, Belo Horizonte apresenta mais de 108 mil domicílios permanentemente não ocupados, uma realidade que chama atenção em meio à estimativa de cerca de 5,3 mil pessoas em situação de rua na capital mineira, conforme apontado pela prefeitura. Essa discrepância persiste, embora se reduza ao se considerarem os dados do programa Polos de Cidadania da UFMG, que indicam aproximadamente 11,3 mil pessoas vivendo nas ruas de BH. Nesse caso, o número de imóveis vazios ainda é notavelmente maior, equivalendo a 9,6 vezes o total de pessoas sem-teto na cidade.
Diante dessa situação, a correlação entre o número de domicílios vazios e a população em situação de rua levanta questionamentos morais e socioeconômicos. A discussão sobre a especulação imobiliária se destaca, revelando que muitas dessas propriedades permanecem intencionalmente desocupadas, a fim de valorizarem e garantirem maiores ganhos financeiros para seus proprietários. Nesse contexto, a análise dos dados coloca em pauta a necessidade de se refletir sobre a distribuição desigual de moradias e a demanda urgente por soluções que atendam às necessidades das pessoas em vulnerabilidade social.
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