COLUNA BASTIDORES - 27/09/2024

IMPOSTONY

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) decidiu favorecer a candidata à reeleição Elisa Gonçalves de Araújo, revertendo uma decisão anterior que havia concedido tempo de resposta ao seu adversário, Tony Carlos. Inicialmente, ele havia recebido o direito de veicular 50 inserções de 30 segundos na TV, após alegar ter sido ofendido em propaganda eleitoral com o termo "Impostony". A defesa de Elisa argumentou que o termo era uma crítica à atuação política de Tony, não uma ofensa pessoal. O tribunal apenas, considerando o uso do termo como parte do direito de crítica comum em campanhas eleitorais, anulando o direito de resposta, determinando que fosse restituído o tempo de televisão e rádio a Elisa.

ADRIANO ESPÍNDOLA

A campanha de Adriano Espíndola, afirmando que ele se repete ao usar um discurso estatizante, associado aos ideais de Marx, Stalin ou Lênin do século 19. Descreve sua retórica como marxista agressiva e absolutista, revelando que falta apenas convocar a população de Uberaba para uma revolução. A crítica finaliza dizendo que Spíndola deveria explicar em que realidade vive, em vez de insistir em sua doutrina.

SAMIR CECÍLIO

Samir Cecílio manteve a coerência com sua plataforma inicial, formando, ao lado de Romeu Borges, uma dupla de direita mais combativa. No entanto, essa estratégia não teve o efeito desejado, pois o eleitorado não aceitou bem a mudança de posição de Samir, que esteve associada à esquerda recentemente. Além disso, seu apoio incondicional a Bolsonaro acabou sendo um fator negativo, já que muitos eleitores agora veem o ex-presidente como um patriota fervoroso, mas politicamente desastrado.

PAULO PIAU

O ex-prefeito talvez não consiga explicar nem a ele próprio por que entrou e nem o que está fazendo nessa disputa. A tática de atirar no primeiro para tentar ser o segundo já provou ter dado errado. Na falta do que fazer Piau, no entanto, insiste na artilharia contra Elisa Araújo – e aí sua rejeição dispara!  Sua teimosia já gerou uma implosão administrativa, com a debandada de boa parte de seu time original. Ninguém sabe por que o tiroteio prossegue. Uma explicação seria a presença de seu novo assessor de campanha, vereador Michelli que é um ferrenho adversário da prefeita. Seja qual for o motivo, a verdade é que a nau de Paulo está desgovernada e irá à pique em breve. Arrastará para as profundezas uma reserva política que era olhada com certa admiração pelos uberabenses – José Renato Gomes.

ANDERSON ADAUTO

Na atual campanha, o ex-ministro Anderson Adauto enfrenta três desafios: vencer no Judiciário, ser o segundo colocado no primeiro turno e conquistar o coração do eleitorado no segundo turno. Há uma lenda em Uberaba de que Anderson teria se candidatado “a pedido de Lula”. Curiosamente, nas visitas de Lula a Minas Gerais, o presidente tem evitado passar por Uberaba. Hoje, Adauto se assemelha a São Sebastião, atingido por várias “setas” de despachos judiciais que tentarão declará-lo inelegível. Ele mantém confiança no TSE e garante a todos: "Minha cara estará lá!". Nesta fase da campanha, o crescimento da sua candidatura é convincente, e uma decisão judicial favorável pode ser essencial para impulsioná-lo rumo ao segundo turno.

TONY CARLOS

O radialista uberabense é sem dúvida nenhuma um candidato persistente e determinado. Tony não desiste de se apresentar a cada pleito e, assim como Lula, que perdeu várias sucessivas, ele mais uma vez marcha para ser um dos figurantes em um eventual segundo turno. Seus seguidores sempre citam essa persistência de Lula – que ao final foi consagrada – para sonharem com uma vitória, ainda que tardia! Mas é preciso lembrar que o currículo pregresso de Lula é bem mais leve que o de Tony. Na atual campanha o radialista tem dado sorte, pois seus adversários não remexeram no passado conturbado do ex-deputado e ex-vereador. Por via das dúvidas, ele vem despejando mensagens na rede alertando o público que “vão jogar uma bomba contra mim”.... etc. É palavrório de quem deve. E como se sabe, quem deve, teme.

ELISA ARAÚJO

Conquistou a maioria do eleitorado. Maioria possível, porque o volume de candidatos no pleito não deixa grandes nacos para ninguém. Elisa é conhecida, desde sua campanha anterior, por carregar consigo uma síndrome de rejeição alta. Seus marketeiros e conselheiros não conseguem bem explicar o motivo, mas é uma coisa real. A atual prefeita, com uma campanha muito bem irrigada pelos partidos de sua federação, conseguiu o que mais precisava: recursos para mostrar o que fez – e mostrou bem! Com isso, abrandou um pouco a histórica rejeição. Junte-se a isso o fato de ser uma mulher que se expressa muito bem, determinada, aguerrida, jovial e bonita. É a mistura perfeita para cativar o grande público. Só perderá para si mesma, numa eventual hecatombe de campanha. Mas com tanto apoio de marketing, dificilmente isso ocorreria. Podem apostar suas fichas nela: Vai emplacar oito anos!